Não há como resistir a um
pãozinho branco quentinho com manteiga no café da manhã, nem tão pouco uns
lanchinhos aqui, outros acolá, sem contar aqueles que preferem substituir o
jantar por uma “refeição básica e rápida” - o nosso pãozinho branco de todo o dia.
Mas será que o pão branco tem valor
nutritivo? Será que é importante para a
nossa saúde? Quem quer emagrecer deve cortar o pão branco da dieta? E, afinal, qual seria a melhor opção: pão
branco ou integral?
Realmente são muitas dúvidas e
a cada dia que passa aumentam as opções nas prateleiras das padarias e nos
supermercados deixando o consumidor ainda mais confuso na hora de comprar.
A
seguir, publicamos um texto (tradução livre) do site Everyday Health explicando as razões pelas quais deveríamos
eliminar de vez o nosso tão querido e idolatrado pão branco. Confira!
A maioria das pessoas sabe que
o pão branco além de ser um vilão na dieta também traz riscos para a saúde e
que uma das trocas mais fáceis que se pode fazer para melhorar a saúde, é
simplesmente substituir a farinha refinada pela integral.
Mas não é só no
pacote de pão de forma que você tem que ficar de olho, mas também naquela
baguete francesa que você compra a
caminho de casa para acompanhar o jantar, ou naquele pãozinho francês para
esquentar na chapa no café da manhã e até naquela pizza do domingo à noite, que
apesar de cheirinho e sabor agradáveis,
todos, sem exceção trazem um lado menos do que desejável que é o risco para a
saúde.
Confira aqui cinco razões
desagradáveis para eliminar o pão branco de uma vez por todas:
1• Nenhum valor nutricional
Sim, a comida é deliciosa, mas
no final do dia estamos comendo por uma razão: para nutrir nossos corpos. E o
pão branco, feito com farinha refinada,
não consegue atingir essa meta. "Quando um grão é refinado, tal
como na fabricação de farinha para fazer o pão branco, as camadas mais externas
e mais internas do grão são removidas.
Isso remove a fibra e parte das proteínas (25%), deixando apenas o amido",
diz Erin Palinski-Wade, RD, autora do livro
Belly Fat Diet For Dummies (A dieta da gordura abdominal para
principiantes).
Você até pode encontrar
"farinha vitaminada" no rótulo, mas enquanto essa farinha tem alguns
nutrientes como vitaminas do complexo B e ferro adicionado, após o processo de
refinação, é inferior à farinha de trigo integral, em fibra e proteína. Optando
por variedades de grãos inteiros que carregam uma dose de fibra saudável e mais
proteína, estará adicionando um impulso nutricional para as refeições.
2• Oscilações nos níveis de
açúcar no sangue
“Como não há fibras nem
proteínas para desacelerar a digestão, o pão branco é rapidamente digerido e
absorvido. Isso faz com que os níveis de açúcar no sangue aumentem
rapidamente”, diz Palinski-Wade. Esse pico e a queda subsequente do açúcar não
apenas leva à irritabilidade, mas estimulará você a correr para uma máquina
automática de vender salgadinhos — alimentos não saudáveis.
3• Maior risco de diabetes tipo
2
“Quando o açúcar no sangue
aumenta rapidamente, uma quantidade excessiva de insulina é liberada na
corrente sanguínea para empurrar o açúcar para dentro das células,” diz
Palinski-Wade.
“Quando isso ocorre com
regularidade, as células se tornam mais resistentes à insulina, fazendo com que
seja mais difícil regular os níveis de açúcar no longo prazo”. Uma pesquisa publicada em 2010 no American
Journal of Clinical Nutrition apoiou essa tese, demonstrando que as pessoas que
consumiram diversas porções de grãos integrais por dia — e limitaram a ingestão
de grãos refinados — tiveram uma quantidade menor do tipo de gordura que
aumenta o risco de diabetes tipo 2.
4• Ganho de peso
Depois de comer carboidratos
refinados como o pão branco, o excesso de açúcar na corrente sanguínea — a
menos que o mesmo seja imediatamente queimado em atividade física — tende a ser
estocado no corpo como gordura. Além disso, a queda subsequente fará com que
você sinta fome pouco tempo depois de ingerir o alimento, então você irá em
busca de mais comida.
“A digestão rápida pode
aumentar a fome e os desejos, levando a uma falta de saciedade depois de comer,
o que pode resultar em uma ingestão calórica maior no final do dia,” diz
Palinski-Wade.
5• Depressão
Ele pode ser delicioso, mas o
pão branco pode afetar negativamente o seu humor. Novas pesquisas publicadas em
junho de 2015 no American Journal of Clinical Nutrition encontraram uma relação
entre o consumo de carboidratos refinados e a depressão em mulheres na
pós-menopausa.
A mesma resposta hormonal que
causa a queda nos níveis de açúcar no sangue também pode causar alterações de
humor, fadiga e outros sintomas de depressão.
Dicas para manter o pão branco
fora do menu
• Recuse a cesta de pães
Quando estiver em um
restaurante que serve cesta de pães como couvert, peça para o garçom não trazer
uma para sua mesa, isso irá reduzir a
tentação. Se você sentir a necessidade de beliscar algo antes do seu prato
chegar, peça alguns vegetais crus com um molho leve como homus, ou uma salada.
• Procure por "100% integral"
ou "trigo integral 100%" no pacote
Ao comprar um pacote de pão não
se esqueça de verificar a lista de ingredientes, pois não é suficiente estar
listado trigo integral ou integral no rótulo, já que muitas variedades de trigo
integral contêm farinha enriquecida, refinada como o primeiro ingrediente, ou
seja, o pão contém mais farinha refinada do que de trigo integral.
É importante notar que há uma
variedade de trigo que é branco e sem cor no farelo. Esse trigo tem um sabor
mais suave e textura, ao ponto de algumas empresas que fazem pão o usarem para
produzir produtos mais saudáveis, que é uma opção melhor para aqueles que não
gostam do sabor ou textura de pão de trigo integral.
De qualquer forma, você ainda precisa verificar os rótulos
cuidadosamente para garantir que o pão branco de trigo é o primeiro ingrediente
listado na embalagem.
• Faça trocas inteligentes
Mesmo saudáveis, os pães
integrais, quando consumidos em excesso,
podem ultrapassar a sua ingestão calórica diária. Busque maneiras criativas
e deliciosas de substituir o pão e outros carboidratos refinados em seus pratos
preferidos, como por exemplo, usar folhas verdes para enrolar os sanduíches ou
fazer “pizzas” de barcos de abobrinha, sem usar farinha!
Fonte:
Artigo
original: 5 Reasons to Skip White Bread For Good, publicado no
EverydayHealth.com — Brianna Steinhilber.
Um pouco sobre a história do
pão
O pão faz parte da cultura de
muitos povos e tem um significado importante em várias religiões. Usado como
sinônimo de vida e trabalho, alimento do corpo e da alma, ele pode ter sido uma
das primeiras comidas preparadas pelo homem, como resultado do cozimento de uma
massa feita com farinha de certos cereais, principalmente trigo, água e sal.
Historiadores estimam que o pão
tenha surgido há 12 mil anos na Mesopotâmia juntamente com o cultivo do trigo.
Eram feitos de farinha misturada com o fruto do carvalho. Os primeiros pães
eram achatados, duros, secos e muitos amargos. Para ser ingerido, o pão era
lavado várias vezes em água fervente e depois era assado sobre pedras ou
embaixo de cinzas.
O primeiro pão assado em forno
de barro foi a 7000 a.C. no Egito, que mais tarde descobriram o fermento. Com
as trocas comerciais entre egípcios e gregos, o pão acabou chegando na Europa
em 250 a.C. Com a expansão do Império
Romano, o hábito de consumir pão foi difundido por grande parte da Europa,
sendo preparado em padarias, mas com a queda do império romano, as padarias
acabaram, e a produção de pão voltou a ser caseira.
O retrocesso nessa época foi
tanto, que as pessoas voltaram a comer pão sem fermento. Foi somente a partir do século 12 que as
coisas começaram a melhorar na França e, no século 17, o país se destacou como
centro mundial de fabricação de pães, desenvolvendo técnicas aprimoradas de
panificação.
No Brasil, o consumo de pão só
se popularizou depois do século 19,
apesar de ser conhecido desde os colonizadores. Até então, o brasileiro
consumia, em grandes quantidades, a farinha de mandioca e o biju, apesar de já
conhecer o pão de trigo desde a chegada dos colonizadores portugueses.
No Brasil, o pão começou a ser
popular no século XIX, apesar de ser conhecido desde os colonizadores. Os pães
feitos no Brasil eram escuros enquanto na França o pão era de miolo branco e
casca dourada. Com a vinda dos italianos para o Brasil, no início do século 20,
a atividade de panificação se expandiu, e o produto passou a ser essencial na
mesa do brasileiro.
Vale lembrar que o pão francês
que tanto é usado no Brasil não tem muito a ver com o verdadeiro pão francês,
pois a receita deste no Brasil só surgiu no início do século XX e difere do pão
europeu por conter um pouco de açúcar e gordura na massa.
Curiosidades sobre a história
do pão
• No Egito, o pão também servia
para pagar salários: um dia de trabalho valia três pães e dois vasos grandes de
cerveja.
• Na Europa, passou a ser
costume as mães darem para as filhas que se casavam um pouco de sua massa de
pão, por achar que, assim, elas fariam um pão tão gostoso quanto o delas!
• Ao longo da história, a
posição social de uma pessoa podia ser discernida pela cor do pão que ela
consumia. Pão escuro representava baixa posição social, enquanto pão branco,
alta posição social. É porque o processo de refino da farinha branca era muito
mais caro. Atualmente, ocorre o contrário: os pães escuros são mais caros e,
por vezes, mais apreciados por causa de seu valor nutritivo.
• Às vésperas da Revolução
Francesa, Maria Antonieta, rainha da França, foi informada de que o povo
passava fome: “Eles não têm pão, Alteza”. Ao que ela respondeu: “Se não têm
pão, que comam brioches”. Não se sabe se o diálogo realmente aconteceu, mas a
frase, de fato, ficou famosa.
• Para os cristãos, o pão
simboliza o corpo de Cristo. Na oração do “Pai-nosso” é pedido a Deus “o pão
nosso de cada dia nos dai hoje”.
• Para os judeus, o fermento
simboliza a corrupção. Por isso, eles só ofereciam a Deus pães ázimos, sem
fermento. Até hoje, esse é o pão que eles comem na Páscoa, época em que é
proibido consumir qualquer alimento fermentado.
Fonte:
WIkipedia.org
ABIP.org
Tags:
Pão branco, pão francês, pão desal, pão careca, pão com manteiga, pão integral, papossecos, carcaças, dieta,
emagrecer, trigo, saúde.
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