É uma celebração inspirada nos cultos antigos, nomeadamente celtas, em que se escolhia o solstício do Inverno (22/23 de dezembro) para prestar culto ao deus Sol.
O Cristianismo
substituiu essa tradição pela festa cristã do nascimento de Cristo, o
verdadeiro Deus-Sol que vence as trevas. Esta celebração foi instituída no
século VI pelos católicos romanos e não por S. Francisco de Assis (século
XIII), como é relatado em alguns sites.
Na tradição
cristã o Galo simboliza a (nova) luz e é o Galo quem anuncia a boa nova, tanto
do nascimento de Jesus, cantando à meia-noite, como saudando o nascer da
aurora, a Ressurreição de Cristo para a vida eterna.
Mas é também o Galo que irá anunciar com o seu canto a traição de Pedro a Jesus, negando, por três vezes, conhecê-lo (Em verdade te digo: Hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado (Marcos 14:30).
Mas é também o Galo que irá anunciar com o seu canto a traição de Pedro a Jesus, negando, por três vezes, conhecê-lo (Em verdade te digo: Hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado (Marcos 14:30).
Nos países
latinos, a tradição popular adotou o nome da missa da meia-noite como Missa
do Galo, numa referência à lenda que conta que a única vez que um galo
cantou à meia-noite foi quando do nascimento de Jesus.
As tradições
populares contam uma história sobre a presença do galo nos relógios e
campanários das igrejas católicas. Quando os vikings começaram a usar os
cataventos, um dos papas, impressionado com a passagem do Novo Testamento que
narrava a renegação de Pedro a Jesus, ordenou que no teto ou nos relógios dos
locais de culto católico romano existisse a figura de um galo para lembrar
aqueles que o olhassem para não repetirem o erro de Pedro.
Em algumas
aldeias portuguesas e espanholas, era costume levar o galo para a igreja, para
que ele cantasse durante a missa. Quando ele cantava todos ficavam felizes,
pois isso representava o prenúncio de boas colheitas, por associação com o Galo
que ao cantar à meia-noite, anunciou a boa nova do nascimento de Jesus.
Nas Filipinas, o
maior país católico da Ásia, as festividades da Simbang Gabi ou Misa de Gallo,
que se iniciam a 16 de Dezembro e duram nove dias consecutivos, terminando com
a missa da noite de 24 de Dezembro, é um componente importante da tradição
católica filipina.
Com o advento do
regime republicano e com a falta de párocos em muitas freguesias, fizeram com
que a Missa do Galo começasse a cair em desuso. Na França, as Missas do Galo
mais famosas, como a de Nôtre Dame e a de Saint Germain dês Prés, são muito
concorridas, tornando-se necessário reservar lugar com bastante antecedência,
até porque durante a noite de Natal, também há apresentações de programas de
música sacra.
Na verdade, a
expressão Missa do Galo só existe nos países de
língua latina, já que oficialmente, a denominação utilizada para essa Celebração Eucarística é Santa Missa de Natal ou Celebração
do Natal do Senhor. Regularmente, a Missa do Galo é celebrada
pelo Papa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e costuma ser transmitida por
várias redes de Televisão.
Origem da
expressão
A Missa do Galo é o nome dado pelos
católicos à missa celebrada na Véspera de Natal que começa à meia noite de 24
para o dia 25 de Dezembro. É celebrada,
em Roma, desde o século V, na Basílica de Santa Maria Maior.
A expressão Missa
do Galo é específica dos países latinos e deriva da lenda ancestral
onde à meia-noite do dia 24 de dezembro um galo teria cantado, anunciando a chegada
do Messias, filho de Jesus Cristo. Na maior parte do mundo cristão chama-se
simplesmente Missa da noite de Natal ou Missa da meia noite.
Apesar de
ninguém saber o certo, existem algumas tradições seculares ligadas ao nome da missa
celebrada na véspera de Natal, como a lenda de origem espanhola diz que, antes
de baterem as 12 badaladas da meia noite de 24 de Dezembro, cada lavrador da
província de Toledo, Espanha, matava um galo em memória daquele que cantou
quando São Pedro negou Jesus três vezes, por ocasião da sua morte. A ave era
depois levada para a Igreja e, depois, doada aos pobres, garantindo-lhes um
Natal mais feliz.
Também era
costume, em algumas aldeias espanholas, levar o galo para a Igreja para que ele
cantasse durante a missa, como um
prenúncio de boas colheitas. Atualmente, essa prática é proibida.
Uma outra
explicação diz que a comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém,
para participar da Missa do Natal, na primeira vigília da noite dos judeus, na
hora do primeiro canto do galo.
Outra hipótese, fala
que o animal simboliza o amanhecer, celebrado pelos pagãos como forma de
agradecimento ao Deus-Sol, tradição esta eventualmente absorvida pelo culto
cristão.
Há ainda uma
outra dizendo que a Missa do Galo leva esse nome porque termina tão tarde que os
galos já estão cantando o amanhecer ao final da celebração.
Outra origem da
expressão é citada no livro “De onde vem
as palavras”, de Deonísio da Silva,
devido ao fato da Missa de Natal normalmente terminar muito tarde “quando as
pessoas voltavam para casa, os galos já estavam cantando”.
Para o Monsenhor José Roberto Rodrigues Devellard,
Coordenador da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o nome
Missa
do Galo teve origem no fato de Jesus ser considerado o sol nascente que
veio nos visitar, clareando a escuridão.
Vale lembrar que
o galo era considerado uma ave sagrada no antigo Império Romano. O animal
passou a simbolizar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. Por isso, nas
igrejas mais antigas, podemos ver um galo em seus campanários, para representar
a luz Divina. Segundo Monsenhor Devellard essa ave é a primeira a ver os raios
de sol e, portanto, ao reverenciar o sol nascente, o galo estaria louvando,
primeiramente, a Jesus Cristo.
Anteriormente,
no dia 25 de dezembro, as festividades eram pagãs, já que nesta data
celebrava-se o Deus do Sol, como forma de agradecer o surgimento do sol após o
longo período de inverno. O Imperador romano Constantino era cristão e
instituiu a Festa de Natal neste dia.
Tradição
Católica
A igreja
católica realiza a Missa do Galo desde o ano 330 d.C, na Basílica de Santa Maria
Maior, em Roma, na Itália, e o galo a concebe por representar vigilância,
fidelidade e testemunho cristão.
Na tradição
católica cristã, todas as velas do advento se encontram acesas na Missa
do Galo. Faz-se então celebração em missa solene e comunhão pelo
nascimento do Messias, onde além de
vários outros cânticos, canta-se o tradicional cântico de Glória.
Normalmente a
Missa do Galo é rezada pela própria Santidade, o Papa, no Vaticano, em razão de
sua importância para a vida dos católicos e pela quantidade de pessoas que
visitam o local nessa época. É possível assistir a esse evento todos os anos e
ao vivo, por algumas emissoras de televisão que fazem a transmissão diretamente
da Itália.
Vale lembrar
que, nos últimos anos, várias igrejas brasileiras anteciparam o horário da
Missa do Galo para as 20h com término em torno das 22h, em virtude da violência
nas cidades.
Hoje,
tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para suas casas, colocam
a imagem do Menino Jesus no Presépio, realizam cânticos e orações em memória do
Messias, filho de Deus, e confraternizam-se e compartilham a Ceia de Natal, com
eventual distribuição de presentes.
O fato é que o Natal
está chegando e, com certeza, algumas pessoas seguirão a tradição indo à missa
do galo; outras, reunidas com a família, reviverão o imaginário das histórias
contadas de geração a geração que somadas à magia da Noite de Natal e à simbologia
do galo cujo primeiro canto anuncia a primeira luz do dia — o nascer do sol, pode
fazer com que a entrada do novo dia represente o renascimento da esperança para a humanidade.
A coroa
vermelha do galo — lenda chinesa.
Existe uma lenda
chinesa que reza a importância do galo para o mundo e também apresenta uma
possível explicação para a existência da coroa vermelha que os galos possuem. Confira!
“Há muitos e muitos anos, quando o mundo acabara de ser criado, a Terra vivia debaixo de seis sóis e não de apenas um. Uma Primavera, após os camponeses terem preparado os seus campos já semeados, a água das chuvas não veio e os seis sóis queimaram tudo.
Então o povo dirigiu-se ao imperador Yao que reinava na China e pediu-lhe ajuda. Um conselheiro do imperador sugeriu que se tentasse acertar os sóis e matá-los.
O Imperador chamou então os seus melhores arqueiros e
estes lançaram as flechas em direção aos sóis mas as flechas ficaram bem longe
dos alvos. Então solicitou ajuda ao príncipe Ho Yi de uma tribo vizinha, dado
que era famoso na sua mestria de arqueiro. Ho Yi acedeu, apontou o arco, mas
disse ao imperador: ‘Lamentavelmente eles estão longe demais para os poder
alcançar’.
De repente, olhando para o lago existente no palácio
do Imperador e vendo os seis sóis nele refletidos, exclamou: ‘Mas se os temos
aqui tão perto porque não alvejá-los aqui?’
E, assim, certeiramente, foi alvejando um a um que
foram desaparecendo. Porém, o sexto, prevenindo-se, fugiu para detrás da
montanha mais próxima. Os camponeses jubilaram e foram dormir descansados. No
dia seguinte, porém, acordaram numa imensa escuridão pois o sexto sol, de tanto
medo de ser morto, mantinha-se escondido.
O sol, como prêmio ao belo cantor, deu-lhe uma coroa
vermelha. E desde aí o galo, orgulhoso da sua coroa, canta pela aurora
acordando o sol.”
Missa do Galo
— Missa da Meia-Noite — Celebração do Natal do Senhor
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