Mulher, do latim mulier, é um ser humano do sexo feminino que atinge a fase adulta após percorrer a infância e a adolescência e, o termo Mulher, é usado para indicar tanto distinções sexuais biológicas quanto distinções nos papéis sócio-culturais.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial.
Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.
O primeiro manifesto visou chamar a atenção às condições de trabalho inaceitáveis e perigosas que muitas mulheres enfrentaram no mundo inteiro. Embora na época fosse comemorado somente em alguns países, trouxe cerca de um milhão de mulheres às ruas, exigindo não somente melhores condições de trabalho mas também o direito de igualdade social entre homens e mulheres, no qual as diferenças biológicas deviam ser respeitadas e não pretextos para subordinar e inferiorizar a mulher.
Assim, o dia 8 de março passou a ser oficializado como O Dia Internacional da Mulher que não somente representa uma mera data comercial para festejar com chocolates, flores, jantares, mas que também simboliza uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade — das responsabilidades que cada mulher carrega com ela para fazer com que os que a rodeiam mudem suas atitudes, revejam conceitos, lutem por uma sociedade digna e preservem verdadeiros valores de dignidade humana.
É notório que o mundo mudou muito nos últimos 50 anos e que hoje, a maioria das mulheres, ao redor do mundo, trabalha duro, diariamente, para fazer valer sua voz, realizar seus sonhos e se tornar mais influente, porém, não podemos esquecer que ainda há muitas mulheres que não participam nessa luta diária, talvez pelo medo de tomarem decisões difíceis no âmbito da vida pessoal, reagindo contra ao que lhe foi imposto ou repassado através da tradição familiar.
Em homenagem a todas essas mulheres que saíram à luta e se esforçaram, dia após dia, para ter e manter seu espaço reconhecido na sociedade, e, também , a todas a que se mantiveram no silêncio — umas como Amélias da vida, outras por falta de iniciativa ou oportunidade — e, como não poderia deixar de ser, a todos os homens que aprenderam a respeitar a mulher-mãe, a mulher-esposa, a mulher-filha, a mulher-irmã, a mulher-trabalhadora, a mulher-companheira, a mulher-amiga e à mulher, pelo simples fato de ser mulher, destacamos abaixo algumas mulheres que de alguma forma mudaram a história da humanidade, seja nas artes, na ciência, na política ou até mesmo na mitologia, essas mulheres quebraram preconceitos e se impuseram à frente de seu tempo.
Anita Garibaldi — 1821/1849
Revolucionária, Ana Maria de Jesus Ribeiro, foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos".
Considerada, no Brasil e na Itália, um exemplo de dedicação e coragem, Anita foi homenageada pelos brasileiros com a designação de dois municípios, ambos no estado de Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis. Muitas cidades brasileiras possuem também ruas e avenidas com seu nome, como a avenida Anita Garibaldi, em Salvador, Bahia.
Aung San Suu Kyi, Birmânia — 1945…
Suu Kyi é filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia, que foi assassinado quando ela tinha apenas dois anos de idade.
Depois de ter vivido em Londres, regressou ao seu país em 1988 e, em pouco tempo, tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar.
Em 1990, Aung San ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento. Em 1991, mesmo encarcerada, ganhou o Nobel da Paz e, em 2008, foi classificada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes.
Em 2011, Aung San Suu Kyi, ganha The Wallenberg Medal — Um prêmio de reconhecimento a trabalhos humanitários, oferecido desde 1990, pela Wallenberg da Universidade de Michigan, EUA.
Benazir Bhutto — 1953-2007
Política, líder do Partido Popular de Paquistão, Benazir Bhutto nasceu em Karachi, Paquistão SE, o filho da antiga rainha Zulfikar Ali Bhutto. Ela herdou a liderança da PPP após um golpe militar que derrubou o governo de seus padres e ganhou a eleição em 1988, tornando-se a primeira mulher primeiro-ministro de uma nação muçulmana. Em 2007 ela voltou ao Paquistão após um exílio prolongado, mas foi morta em um ataque suicida.
Bertha Lutz, Brasil — 1894/1976
A carioca Bertha Lutz foi uma das primeiras militantes no país a lutar pelos direitos de votos das mulheres. Filha do famoso médico Adolfo Lutz, passou boa parte de sua vida se dedicando às causas femininas.
Após concluir seus estudos de ciências naturais, em Paris, na década de 20, entrou em contato com feministas européias. Ao voltar ao Brasil, fundou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino e representou o país na Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos.
Eleita deputada federal em 1934, batalhou por mudanças nas leis de trabalho para mulheres e crianças e pela igualdade salarial. Em 1975, um ano antes de morrer, fez parte da delegação brasileiro no Congresso internacional da Mulher, no México.
Carmen da Silva, Brasil — 1919/1985
Jornalista e psicanalista, a gaúcha Carmen da Silva é considerada como um dos personagens mais relevantes no feminismo brasileiro. Ela se tornou a precursora das discussões sobre a questão da mulher quando, a partir de 1963 e durante 22 anos, escreveu uma coluna na revista CLAUDIA chamada A Arte de Ser Mulher.
Publicada inclusive no auge da censura durante o regime militar, Carmen trouxe ao debate público, pela primeira vez, temas importantes para as mulheres, como o divórcio, o adultério, o trabalho e a questão do uso da pílula anticoncepcional.
Carmen Miranda, Portugal — 1909/1955
Maria do Carmo Miranda da Cunha, mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Apesar de ter nascido na pequena cidade de Marco de Canaveses, em Portugal, Carmen Miranda tornou-se um ícone mundial como cantora brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão.
A pequena notável começou sua trajetória de sucesso ao lado da irmã, Aurora, em programas de rádio e em shows em cassinos.
Depois de ser notada por empresários americanos, a moça sorridente, que cantava e dançava com suingue único, carimbou seu passaporte para trabalhar nos Estados Unidos.
Lá fez tanto sucesso com seus chapéus de bananas e badulaques que, além de conquistar Hollywood em filmes como Uma Noite no Rio e Copacabana, se apresentou pessoalmente para o então presidente, Franklin Roosevelt.
Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Na década de 50, voltou ao Brasil dependente de drogas e do álcool. Carmen morreu aos 46 anos, de ataque cardíaco, em sua mansão em Beverly Hills.
Mas até hoje seu trabalho continua sendo uma referência para atrizes e cantoras.
Cleópatra VII — 639/30 a.C.
Rainha, Cleópatra Filopator Nea Thea, foi a última rainha da dinastia de Ptolomeu — general que governou o Egito após a conquista daquele país pelo rei Alexandre III da Macedônia.
O nome Cleópatra significa "glória do pai", Thea significa "deusa" e Filopator "amada por seu pai". É uma das mulheres mais conhecidas da história da humanidade e uma das governantes mais famosos do Egito, tendo ficado conhecida somente como Cleópatra — ainda que tenham existido várias outras Cleópatras além dela e que a história quase não cita.
É uma das mulheres mais conhecidas da história mundial por ter sido a mais intrigante rainha do Egito. Seus romances com Julio César e Marco Antonio converteram-na numa das soberanas com mais poder da antiguidade.
Nunca foi a detentora única do poder em sua terra natal — de fato co-governou sempre com um homem ao seu lado: o seu pai, o seu irmão (com quem casaria mais tarde) e, depois, com o seu filho. Contudo, em todos estes casos, os seus companheiros eram apenas reis titularmente, mantendo ela a autoridade de fato.
Cleópatra foi uma grande negociante, estrategista militar, falava seis idiomas e conhecia filosofia, literatura e arte gregas e, sua história, tem servido de inspiração aos artistas ao longo dos tempos.
Coco Chanel,França — 1883/1971
Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, foi uma importante estilista francesa. Suas criações revolucionaram a década de 1920.
Libertou a mulher daqueles trajes desconfortáveis e rígidos do final do século XIX, ao estabelecer o conceito da roupa feminina funcional. Além de dar à mulher um novo look, ela cria a imagem da nova mulher do último século: independente, bem-sucedida, com personalidade e estilo.
Mesmo após 40 anos de sua morte, a estilista Coco Chanel continua ditando a moda das mulheres mais elegantes do mundo. Seu estilo está presente no cabelinho liso e curto que a imortalizou, nas bolsas, nos perfumes e na inspiração dos criadores de moda.
Cora Coralina — 1889/1985
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 – Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, quando já tinha quase 76 anos de idade.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores.
Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.
Diana de Gales — 1961/1997
Diana, Princesa de Gales (em inglês Diana, Princess of Wales), nascida Diana Frances Spencer, conhecida como A Princesa do Povo por sua atitude solidária com os mais desfavorecidos, foi a primeira esposa de Charles, Principe de Gales, filho mais velho e herdeiro aparente da Rainha Elizabeth II do Reino Unido, com quem teve os príncipes William e Harry.
Após o seu casamento com o Príncipe de Gales em 1981, Lady Di tornou-se uma das mulheres mais famosas do mundo: um ícone da moda, um ideal de beleza e elegância feminina, admirada por seu trabalho de caridade, em especial por seu envolvimento no combate à SIDA/AIDS e na campanha internacional contra as minas terrestres.
Ex-mulher do príncipe Charles, com quem protagonizou o casamento da década, em julho de 1981, assistido pela televisão por cerca de um bilhão de pessoas, Diana viveu um conto de fadas sem final feliz — o casamento terminou em1996, após vários escândalos tanto por parte de Charles como de Diana.
A sua trágica e inesperada morte num acidente de carro, em Paris, foi seguida de um grande luto público pelo Reino Unido e, em menor escala, pelo mundo. Seu funeral, em setembro de 1997, foi assistido globalmente por cerca de 2,5 bilhões de pessoas, se tornando um dos eventos mais assistidos da história da televisão e, até hoje, ela é considerada a personalidade feminina mais importante e admirada da Europa.
Mesmo uma década após a sua morte, a "Princesa do Povo" (termo cunhado pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair) continua sendo uma das celebridades mais constantes na imprensa, servindo de tema para milhares de livros, jornais e revistas. O seu nome é citado pelo menos 8 mil vezes por ano na imprensa britânica.
Edith Piaf, França — 1915/1963
Cantora, criada por sua avó, que dirigia uma casa de prostitutas, revelou seu talento e sua grande voz nas canções populares que cantava nas ruas junto com seu pai, Louis A. Gassion
Edith Giovanna Gassion nasceu em Paris, na França, e ganhou fama como Edith Piaf. Pelos elegantes e esfumaçados salões parisienses da primeira metade do século 20, essa intérprete, uma das maiores divas européias, chamou a atenção de todos ao contar histórias pessoais em suas canções.
La Vie en Rose, seu maior clássico, e Non, Je Ne Regrette Rien, por exemplo, trouxeram o romantismo para a música e se tornaram trilha de muitos casais apaixonados em todo o mundo.
A vida de Edith Piaf é uma história de superação: na infância sofria com problemas de saúde e com o pai alcóolatra. Aos 17 anos, perdeu sua única filha e quase se tornou prostituta.
Decidida a transformar seu destino, passou a cantar nas ruas de Paris. Aos poucos, começou a fazer sucesso. Edith também levou seu estilo sofrido aos palcos dos teatros e ao cinema e tornou-se a grande dama da música francesa.
Morreu aos 47, com muitos problemas de saúde, além de uso excessivo de morfina. Seu túmulo no cemitério Père-Lachaise, na capital francesa, é até hoje um dos mais visitados do país.
Elis Regina, Brasil — 1945/1982
Elis Regina Carvalho Costa, também conhecida como Pimentinha, foi uma intérprete brasileira conhecida por sua presença de palco histriônica, sua voz e sua personalidade. É considerada por muitos críticos, comentadores e outros músicos a melhor cantora brasileira de todos os tempos.
Começou nos festivais da Rede Record nos anos 60, onde emocionou plateias com a música Arrastão. Engajada, a cantora encampou a luta contra a ditadura no início dos 70 e abraçou a bandeira das causas femininas nos anos 80.
Seu maior sucesso, O Bêbado e o Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, não só virou o hino da anistia do Brasil pós-regime militar como se tornou o retrato do sentimento de uma geração de homens e mulheres e, com os sucessos de Falso Brilhante e Transversal do Tempo, inovou os espetáculos musicais no país onde era capaz de demonstrar emoções tão contrárias, como a melancolia e a felicidade, numa mesma apresentação ou numa mesma música.
Elis Regina aventurou-se por muitos gêneros; da MPB, passando pela bossa nova, o samba, o rock, ao jazz. Interpretando canções como “Madalena", "Como Nossos Pais”, "O Bêbado e a Equlibrista”, “Querelas do Brasil”, que ainda continuam famosas e memoráveis e registram os momentos de felicidade, amor, tristeza, patriotismo e ditadura militar no país.
Elis Regina morreu precocemente em 1982, com apenas 36 anos, deixando uma vasta obra na música popular brasileira. Embora haja controvérsias e contestações, os exames comprovaram que havia morrido por conta de altas doses de cocaína e bebidas alcoólicas, e o fato chocou profundamente o país na época.
Evita Peron , Buenos Aires — 1919/1952
Política, marcada por uma infância no campo e filha não reconhecida, trabalhou como atriz, modelo e locutora e se casou com o presidente argentino Peron.
Lutou pelos direitos dos trabalhadores e da mulher e se tornou a mulher mais importante da história política da Argentina, Maria Eva Duarte de Perón, ou Evita, como foi chamada carinhosamente por seus admiradores.
Não foi apenas uma primeira dama muito amada por seus conterrâneos, mas o braço direito do presidente Juan Domingo Perón, um dos maiores defensores das classes trabalhadora do país.
Além de se esforçar para que a Argentina institucionalizasse o voto feminino, Evita apoiou seu marido até o golpe que ele sofreu, em 1945, e o ajudou a sair da prisão.
Morreu aos 33 anos, de câncer no útero, e está enterrada no mausoléu da família Duarte em Buenos Aires. Ficou imortalizada no musical Evita, de Andrew Lloyd Webber, de 1978, que fez sucesso com o hino Don´t Cry for me, Argentina, homenagem ao ícone dos hermanos.
Fernanda Montenegro, Brasil — 1929 ...
Considerada a grande dama do teatro e da televisão brasileira de todos os tempos, a carioca Fernanda é uma atriz de energia inesgotável.
Do início da carreira no rádio, na TV Tupi e em filmes como A Falecida, de Nelson Rodrigues, a sua brilhante atuação na novela Passione sempre exibiu vigor e talento em cada papel.
Aos 15 anos, Fernanda decidiu fazer um curso de locução de rádio. De lá, migrou para a TV Tupi, em 1951, onde atuou em cerca de 80 trabalhos. Na mesma década, também ganhou fama no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).
Entrou na TV Globo em 1965, para fazer teleteatros, como As Três Faces de Eva, de Janete Clair. No entanto, foi em sua primeira novela na emissora, Baila Comigo, de 1981, que se tornou famosa do grande público. Na sequência, vieram Brilhante e Guerra dos Sexos, entre outras.
No final dos anos 90, virou sucesso em Hollywood ao ser a primeira atriz brasileira indicada ao Oscar, por sua atuação no filme Central do Brasil, de Walter Salles.
Gisele Bündchen, Brasil — 1980 ...
Com apenas 20 anos, no início dos anos 2000, a modelo Gisele Bündchen ganhou o título da top mais bonita do mundo pela revista Rolling Stones.
Daí em diante, essa gaúcha da pequena cidade de Horizontina não parou mais: de 2004 a 2010, segundo a revista Forbes, foi a profissional mais bem paga do ramo, juntando uma fortuna avaliada em 150 milhões de dólares.
Todo esse sucesso começou quando Gisele tinha apenas 14 anos e foi notada por um olheiro de agência de modelos. Não tardou para que suas pernas longilíneas circulassem por passarelas e estúdios em campanhas para grifes como Valentino, Versace e Victoria´s Secret.
Profissional respeitada, casada desde 2009 com o jogador Tom Brady e mãe de Benjamin, de 1 ano, defende causas sociais como a do combate à AIDS, à fome e a preservação do meio ambiente. Por todo esse empenho foi chamada para ser Embaixadora da Boa Vontade pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente.
Glória Maria, Brasil — 1949 ...
Um dos rostos mais conhecidos e de maior credibilidade do jornalismo brasileiro, Glória Maria é um personagem único no universo feminino.
A repórter e apresentadora começou na Rede Globo, nos anos 70, fazendo reportagens para o Jornal Hoje e o Fantástico e, em pleno regime militar, trabalhou em coberturas ousadas e tensas, sempre com muita repercussão, como a da Guerra das Malvinas, na Argentina.
Em 1998, passou a apresentar o Fantástico, onde ficou até 2007, quando decidiu tirar dois anos sabáticos. Durante esse tempo como âncora, foi protagonistas das reportagens mais interessantes sobre viagens da TV brasileira: com 14 passaportes completos, rodou o mundo e mostrou lugares exóticos e perigosos, principalmente para uma mulher, como o Oriente Médio.
Nos últimos anos, recolheu-se em retiros espirituais na China e na Índia e ajudou em projetos de caridade mundo afora. Num deles, na Bahia, conheceu as pequenas Maria e Laura, que acabou adotando. Atualmente, divide o papel de mãe com o de repórter do Globo Repórter, da Rede Globo.
Golda Meir, Rússia/Israel — 1898/1978
Nascida na Rússia, Golda Meir passou a infância como imigrante nos Estados Unidos, onde se tornou importante representante da comunidade judaica.
Em 1921, foi morar na Palestina, com o marido Morris Myerson. Lá, fez carreira como chefe da Organização Mundial Sionista e ajudou a fundar o Estado de Israel, em 1948.
Após a independência, tornou-se embaixadora do país na União Soviética. Em 1969, tornou-se primeira-ministra de Israel e assumiu uma postura bastante rígida contra o terrorismo, à qual foi taxada de a "dama de ferro", bem antes do termo ser adotado para descrever a ex-premiê britânica Margareth Thatcher.
Durante seu mandato, Golda Meir enfrentou um dos momentos mais críticos da história: a Guerra do Yom Kippur, ocorrida quando Síria e Egito atacaram a nação em pleno dia do Perdão.
Golda Meir morreu de câncer, aos 80 anos, sendo eternizada como uma das mulheres mais importantes do Oriente.
Hillary Clinton, Estados Unidos — 1947 ...
Atual braço direito do presidente Barack Obama, a secretária de Estado Hillary Clinton é uma das mulheres mais poderosas no meio político dos Estados Unidos.
Já nos anos 70, após fundar um centro de advocacia para crianças e famílias no estado de Arkansas, foi considerada uma das advogadas mais influentes no país. Nessa época conheceu o marido, Bill Clinton, com quem se casou em 1975.
Hillary foi primeira-dama de 1993 a 2001 e comandou diversos programas de ajuda legal e de pela luta pelos direitos de mulheres e crianças no mundo.
Em 2000, Hillary tornou-se senadora. Entre seus projetos, incluiu campanhas de mamografia para a população e o incentivo à emancipação de mulheres no mundo árabe.
Indira Gandhi, Índia — 1917/1984
Política, filha de Jawaharlal Nehru, o primeiro premiê da Índia, foi a primeira mulher a se tornar chefe do governo indiano (1967) em uma atuação bastante polêmica.
Com uma força e determinação únicas Indira governou por 18 anos exercendo uma influência decisiva na história daquele país e adquirindo uma grande reputação no mundo todo como líder política. Seu slogan era: “Abolish Poverty” — Abaixo a Pobreza (tradução livre)
Indira Gandhi, entre suas realizações mais relevantes estão a nacionalização dos bancos e o incentivo para o aumento das plantações de cereais no país e, também, foi responsável pela entrada de seu país na corrida nuclear, com fins pacíficos.
Por conta de conflitos religiosos entre minorias, morreu assassinada em 1984, em Nova Délhi.
Irmã Dulce, Brasil — 1914/1992
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, melhor conhecida como Irmã Dulce, Beata Dulce dos Pobres ou Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo recebido o epíteto de "o anjo bom da Bahia", foi uma religiosa católica brasileira que se notabilizou por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados.
Em 1988, foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, pelo então presidente do Brasil José Sarney, com o apoio da rainha Silvia da Suécia.
Em 2000 foi distinguida pelo papa João Paulo II, com o título de Serva de Deus e em 2011, Irmã Dulce foi beatificada em Salvador e passou a ser reconhecida como Bem Aventurada Dulce dos Pobres.
Jane Addams, Chicago — 1860/1935
Escritora e conferencista, sempre em temas humanitários, foi a primeira mulher norte-americana a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 1931
Foi socióloga, filósofa, feminista, pacifista e ferrenha defensora dos direitos civis femininos, entre eles o direito ao voto. Foi considerada pelo presidente Theodore Roosevelt como “a cidadã mais útil dos Estados Unidos”.
Jane pretendia ser médica mas possuiria uma constituição muito débil, o que a levou a desistir de tal propósito. Numa viagem a Londres conheceu os Serviços Sociais da capital inglesa e sentiu nascer em si uma nova vocação.
Ao regressar a Chicago, tornou-se uma fervorosa defensora da paz e da justiça social, razão pela qual resolveu criar instituições que protegessem os imigrantes e os trabalhadores de todas as raças. Com a sua amiga Helena Gates Starr, instalalou-se num barracão, o qual limparam e arranjaram de forma a albergar um serviço de assistência social que ficou conhecido como Hull House. Este foi inaugurado em 1889 e Jane foi, até à sua morte, sua chefe - residente.
No Hull House foram instalados jardins de infância, uma agência de emprego, oficinas, campos de recreação, biblioteca, escola de música e aulas de artesanato, clubes, entre outras coisas. Desenvolveu ainda uma frutuosa acção no campo das leis, tendo auxiliado à promulgação da lei de protecção ao trabalho de menores e de mulheres, assim como procurando leis que promovessem maior segurança no local de trabalho, como por exemplo as fábricas.
Defensora do sufrágio feminino, Jane revelou-se uma pacifista e uma mulher desapegada dos bens materiais. Ocupou apenas um lugar remunerado em sua vida, o de inspectora municipal de limpeza urbana. Todos os demais não eram remunerados. Fundou a Associação para o Avanço dos Povos de Cor e tomou parte na Conferência Feminina Internacional da Paz.
Janis Joplin, Estados Unidos — 1943/1970
A voz rouca e inconfundível e os cabelos desgrenhados dessa americana, ícone do movimento hippie dos anos 60, marcaram toda uma geração e continuaram deixando sua marca nas que vieram depois.
Janis, que nasceu no Texas, estreou na música seguindo a filosofia de contracultura dos poetas beats americanos nos anos 60.
Ao lado da banda Kozmic Blues Band, passou a ganhar cada vez mais fama no cenário alternativo americano cantando blues.
Drogas, bebidas e barracos faziam parte de sua rotina nada conservadora. O auge de sua carreira aconteceu em 1969: com apenas 10 músicas entoadas no festival de Woodstock, nos Estados Unidos, ela se tornou uma lenda do rock mundial.
Em 1970, Janis veio ao Brasil e escandalizou a todos com sua nudez e seu jeito aberto de lidar com a sexualidade. No mesmo ano, morreu de overdose de heroína.
Joana d'Arc, France — 1412/1431
Santa Joana d'Arc (em francês Jeanne d’Arc), por vezes chamada de donzela de Orléans, era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée e é a santa padroeira da França.
Ela foi uma importante personagem da História francesa, durante a Guerra dos 100 anos , quando seu país enfrentou a rival Inglaterra. Desde criança ela tinha visões que a aconselhavam entrar para o exército e, assim, o fez. Cortou o cabelo bem curto, vestiu-se como homem e foi lutar na guerra.
Em 1430, foi capturada pelos borgonheses que a venderam para os ingleses. Acusada de praticar feitiçaria, foi condenada à morte na fogueira.
Em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva, foi transformada em santa da Igreja Católica, depois de perceber que o mito da heroína francesa nunca morreu e, em 1922, foi declarada padroeira de França.
Joanne Kathleen Rowling, Inglaterra — 1965 ...
Conhecida como J. K. Rowling é uma escritora britânica de ficção, autora dos sete livros da famosa e premiada série Harry Porter, e de três outros pequenos livros relacionados a Harry Porter.
Desde criança, Joanne gostava de ler contos como O Vento nos Salgueiros e O Cavalinho Branco. Muitos autores influenciaram sua obra, e fizeram nascer em Joanne a vontade latente de tornar-se escritora.
Famosa por escrever em bares, com a primogênita ao lado no carrinho, ela enfrentou uma série de dificuldades até atingir a riqueza e a fama como escritora, passando-se longos anos até que o Harry Potter e a Pedra Filosofal chegasse às prateleiras, com a ajuda de seu agente literário Christopher Little. Desde então, J. K. Rowling escreveu os outros seis livros que a tornaram rica, e capacitaram-na a contribuir com instituições que ajudam a combater doenças, injustiças e a pobreza.
Quando terminou seu primeiro livro, Harry Potter e a Pedra Filosofal, sobre um garoto que vai para uma escola de bruxaria, Joanne mandou cópias para vários agentes literários, mas só recebeu recusas.
Até que, depois de muita insistência, um deles resolveu publicar uma pequena edição, com a condição de que ela usasse as iniciais de seu nome para que os garotos não desconfiassem de que a autora era uma mulher.
Assim que chegou às prateleiras, a obra virou sucesso imediato e Joanne se tornou a maior escritora moderna do Reino Unido. A saga de Harry Potter ganhou várias continuações e chegou aos cinemas, sempre com estrondoso sucesso.
Traduzidos para mais de 64 idiomas, seus livros venderam 400 milhões de cópias pelo mundo todo e renderam à autora por volta de 576 milhões de libras, mais ou menos 1 bilhão de dólares, segundo estimativa da Forbes em fevereiro de 2004, tornando-a a primeira pessoa a tornar-se bilionária (em dólares) escrevendo livros
Leila Diniz, Brasil — 1945/1972
Leila Roque Diniz, conhecida como a "Mulher de Ipanema", linda, liberal e poderosa, Leila é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina , que rompeu conceitos e tabus por meio de suas idéias e atitudes, em uma época em que as mulheres ainda eram bastante reprimidas.
A atriz não teve receio de aparecer e ser fotografada na praia, de biquíni, no final da gravidez. Enquanto a sociedade machista a criticava, ela não se melindrou ao dizer que adorava sexo ao dar uma entrevista ao jornal O Pasquim, em 1969.
Por conta disso, a censura e a polícia política passaram a persegui-la. Amante dos blocos de rua do Rio de Janeiro e do teatro de revista foi o exemplo de liberação para muitas mulheres nos anos seguintes.
Morreu num acidente aéreo aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem feita para a Austrália. Sua amiga, a atriz Marieta Severo e o compositor e cantor Chico Buarque de Hollanda criaram a filha de Leila.
Em sua carreira curtíssima, Leila fez 12 novelas e 14 filmes. Morreu aos 27 anos, no auge da fama, em um acidente aéreo, deixando a filha Janaína Diniz, hoje também atriz.
Madonna, Estados Unidos — 1958 ...
Artista versátil, que escreve, canta e atua, Madonna teve um efeito bombástico nas discussões sobre sexualidade nas últimas décadas.
A cantora americana, que chegou a passar fome no início de carreira em Nova York, virou um ícone da música pop e um modelo de conduta para muitas gerações.
Até se tornar a segunda maior artista de todos os tempos, de acordo com a revista Billboard, e uma das 25 mulheres mais influentes do mundo, segundo a Times, a artista travou uma longa batalha.
Misturando roupas sensuais a ícones religiosos, o visual que dez entre dez garotas imitavam nos anos 80, fez sucesso com discos como Like a Virgin, True Blue e Erotica. Nesse último, provocou o mundo com suas letras explícitas e fotos onde aparecia nua.
Como um camaleão, foi loira, morena, ruiva, gordinha, magérrima, moderna, retrô, punk. Mutante e avançada, mas com a cabeça no lugar, ao longo de sua carreira tem dado visibilidade a questões sociais importantes, como o combate à AIDS e à miséria e a liberação do aborto, além de adotar uma criança africana, abrindo espaço para a divulgação da pobreza no continente.
Com mais de 270 milhões de discos vendidos, Madonna é a artista feminina mais bem sucedida de todos os tempos.
Madre Teresa de Calcutá, Albania — 1910/1997
Agnes Gonxha Bojaxhiu ,conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá ou Beata Teresa de Calcutá, foi uma missionária católica albanesa, nascida na República de Macedônia e naturalizada indiana, tornou-se um dos maiores símbolos de generosidade em todo o mundo.
Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionários da Caridade” , entre 1968 e 1969 e estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Sri LankaCeilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc., tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".
O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prêmio Templeton, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.
Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga que havia falecido 6 dias atrás num acidente de automóvel em Paris.
Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. Encontra-se sepultada em Motherhouse Convent, Calcutá, Bengala Ocidental na Índia. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.
Margaret Thatcher, Inglaterra — 1925...
Margaret Hilda Thatcher —conhecida como A Dama de Ferro — estudou ciências químicas na Universidade de Oxford antes de se qualificar como barrister. Em 1975 ela foi eleita líder do Partido Conservador, sendo a primeira mulher a liderar um dos principais partidos do Reino Unido e, em 1979, ela se tornou a primeira mulher a ser primeira-ministra do Reino Unido.
Ao liderar o governo do Reino Unido, Thatcher estava determinada a reverter o que via como o declínio nacional de seu país. Suas políticas econômicas foram centradas na desregulamentação do setor financeiro, na flexibilização do mercado de trabalho e na privatização das ineficientes empresas estatais.
Sua popularidade esteve baixa em meio a recessão econômica iniciada com a Crise do petróleo de 1979, no entanto, uma rápida recuperação econômica, além da vitória britânica na Guerra das Falklands, fizeram ressurgir o apoio necessário para sua reeleição em 1983.
Foi apelidada de “Dama de Ferro” por ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato em 1984, devido à sua dura oposição aos sindicatos e de sua forte crítica à União Soviética. Thatcher foi reeleita para um terceiro mandato em 1987, mas sua impopular visão crítica à criação da União Europeia lhe fez perder apoio em seu partido, renunciando aos cargos de primeira-ministra.
Margaret Thatcher ainda foi considerada como "O homem forte do Reino Unido", por Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos da América, devido à sua postura bastante forte perante o poder.
Em 1992, Margaret Thatcher deixou a Câmara dos Comuns, ganhando lugar na Câmara dos Lordes, como Baronesa Thatcher de Kesteven.
Maria Curie, Polônia — 1867/1934
Maria Sklodowska , cientista, tomou o sobrenome de seu marido, Pierre Curie. Por sua nação de origem, Polônia, deu nome a um elemento químico. Pioneira no estudo da radioatividade, obteve dois prêmios Nobel.
Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, foi uma cientista polonesa que exerceu a sua atividade profissional na França. Foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes com um Pr^emio Nobel, de Física, em 1903, dividido com seu marido,Pierre Curie e Becquerel, pelas suas descobertas no campo da radiotividade (que naquela altura era ainda um fenómeno pouco conhecido) e com o Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádios e polônio.
Com a morte de seu marido, em um acidente rodoviário, 1906, Marie ocupou o seu lugar como professora de Física Geral na Faculdade de Ciências. Foi a primeira mulher a ocupar este cargo. Foi também nomeada Diretriz do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado em 1914.
Marie Curie morreu em 1934, França, de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu o Nobel de Química de 1935, ano seguinte à morte de Marie.
O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados à Radioactividade clássica
Marylin Monroe, Estados Unidos — 1926/1962
Norma Jean Baker — Marylin Monroe — a loira mais famosa do mundo, que nunca foi loira de verdade, pintou o cabelo aos 20 anos para filmar um anúncio de xampu em Los Angeles, sua cidade natal.
Marylin se tornou o símbolo sexual dos Estados Unidos e do mundo. Sua aparente vulnerabilidade e sua sensualidade natural a tornaram uma das mulheres mais desejadas do século passado.
Ao mesmo tempo em que explodia nas telas, sua vida amorosa ganhava toques cinematográficos: teve casamentos turbulentos com o astro do beisebol Joe DiMaggio e com o diretor Arthur Miller e, diz-se, que teve um romance secreto com os irmãos Robert e John Kennedy, o qual, na época, era president dos Estados Unidos.
Depois de cantar de maneira sensual Parabéns a Você na festa de aniversário de Kennedy, segundo a imprensa americana, acabou sendo ameaçada pela máfia e precisou se afastar dele.
Em 1962, foi encontrada morta por overdose de barbitúricos em sua mansão. As especulações de que teria sido assassinada nunca foram esclarecidas.
Mayana Zatz, Israel/Brasil — 1947...
Mayana Zatz é uma das cientistas mais importantes da atualidade, principalmente nos estudos da biologia molecular e da genética.
Mayana, que nasceu em Tel Aviv, chegou ao Brasil em 1955 e, em 1968, após cursar medicina na Universidade de São Paulo, começou a fazer aconselhamento genético para os pacientes, então um trabalho de vanguarda.
Tornou-se doutora em genética em 1974 e, em 1981, fundou a Associação Brasileira de Distrofia Muscular, buscando dar tratamento digno para os portadores do problema. Em 1995 ganhou fama ao fazer parte do primeiro grupo de cientistas que localizou um dos genes ligados a um tipo de distrofia dos membros.
Também recebeu inúmeros prêmios pelo seu trabalho social, inclusive o Prêmio Cláudia. Hoje, atua no Centro de Estudos do Genoma Humano da USP onde realiza pesquisas importantes no campo de células-tronco.
Entre outros, ganhou o Prêmio México de Ciência e Tecnologia 2008. Em setembro do mesmo ano, Mayana ganhou o Prêmio Walter Schmidt, conferido pela empresa Fanem para destacar personalidades que promoveram o desenvolvimento do setor da saúde brasileira.
Oprah Winfrey, Estados Unidos — 1954...
Após uma carreira de mais de 30 anos na TV americana, pilotando o talk show de maior audiência do país, em 2011, Oprah Winfrey decidiu abrir sua própria emissora de TV, a OWN (The Oprah Winfrey Network).
Para chegar até aí, a americana Oprah Gail Winfrey batalhou muito.Negra e integrante de uma família religiosa e pobre, superou os problemas familiares com extrema dedicação.
Seu primeiro emprego, no entanto, foi numa rádio, onde transmitia notícias locais. Em 1984 fez seu tímido debut no veículo que a alçaria para a fama, a TV. Em apenas alguns meses, seu talk show AM Chicago virou febre de audiência.
Na década seguinte, passou a tratar de temas polêmicos conseguindo ainda mais audiência. De lá para os dias de hoje só progrediu: segundo a revista Forbes, Oprah foi a mulher mais rica do século 20 e a primeira negra a entrar na lista de bilionários da publicação.
Além do canal de TV próprio, ela comanda um império que publica revistas e sites e toca inúmeros projetos sociais na África.
Rita Lee, Brasil — 1947...
Primeira roqueira de sucesso no país, a paulistana Rita Lee se tornou a musa da contracultura brasileira,entre os anos 60 e 70, ao lado dos outros dois integrantes do grupo Os Mutantes, Arnaldo Batista e Sérgio Dias, tocou flauta, percussão e interpretou músicas de vanguarda.
Com o disco solo Fruto Proibido, de 1975, tornou-se uma estrela de norte a sul do país. Nele estão, por exemplo, as canções Ovelha Negra e Esse tal de Rock n Roll. Nessa mesma década, Rita enfrentou, com bom humor, a caretice da ditadura militar, compondo temas irreverentes como Arrombou a Festa.
Para as mulheres, um dos legados mais importantes de Rita é sua canção Cor de Rosa Choque, que no início dos anos 80 virou trilha de abertura do programa TV Mulher, da Rede Globo, e se tornou o maior hino feminista do Brasil.
Ainda hoje, aos 63 anos, Rita Lee mostra que é moderna e antenada, chegando a se tornar uma das celebridades mais atuantes e polêmicas do Twitter.
Rosa Parks, Estados Unidos — 1913/2005
Assim como Martin Luther King, a costureira negra Rosa Parks, nascida no estado do Alabama, foi uma figura essencial na luta pelos direitos civis dos negros americanos.
Ela ganhou fama quando, em 1955, quando se negou a dar seu lugar no ônibus a um branco, o que gerou revolta entre os racistas e deu origem a um movimento de negros contra a discriminação.
Seu gesto repercutiu entre a sociedade negra que, em pouco tempo, elegeu-a como uma de suas mais importantes representantes. Sua atitude virou exemplo nos sermões que o pastor Martin Luther King fazia para conclamar os negros americanos a lutarem por seus direitos. Juntos, os dois por fim mudaram a vida de negros no mundo todo. Rosa morreu em 2005, de mal de Alzheimer.
Simone de Beauvoir, França — 1907/1986
Ao completar 15 anos, a pequena Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir decidiu que queria ser escritora. Fez várias faculdades, como filosofia e línguas, até que, em 1929, conheceu o escritor Jean-Paul Sartre nos auditórios da prestigiada universidade de Sorbonne.
Os dois começaram um dos relacionamentos mais notórios da literatura mundial. Embora se amassem, mantinham casos com outras pessoas, num sinal de modernidade incomum à época.
Foi justamente essa liberdade tema de seu primeiro romance, A Convidada (1943). Nas obras seguintes, como em Os Mandarins (1954), prosseguiu abordando a liberdade individual e suas teses existencialistas.
Para o universo feminino, tornou-se uma grande referência ao publicar O Segundo Sexo em 1949, onde discutiu o papel das mulheres na sociedade. Antes de morrer, em 1981, lançou A Cerimônia do Adeus, um tributo ao eterno marido Sartre.
Zilda Arns, Brasil — 1934/2010
Zilda Arns Neumann foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira. Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, foi também fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Zilda nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina e, ao se formar em medicina, decidiu se dedicar a salvar crianças da mortalidade infantil. Para isso, criou uma técnica que envolvia conhecimentos médicos e solidariedade.
Em 1980, assumiu o Departamento Materno-Infantil da Secretaria da Saúde do Paraná onde implementou planejamento familiar e tratamento contra o câncer ginecológico, entre outros projetos.
Em 1983, criou a Pastoral da Criança e passou a estender sua solidariedade a famílias pobres de mais de 4 mil municípios brasileiros.
Recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país. Da mesma forma, à Pastoral da Criança foram concedidos diversos prêmios pelo trabalho que vem sendo desenvolvido desde a sua fundação.
Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país. No dia 12 de janeiro de 2010, pouco depois de proferir uma palestra para cerca de 15 religiosos de Cuba, o país foi atingido por um violento terremoto e a Dra. Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.
Hoje, pode-se dizer, que a realidade da mulher não se restringe a uma cozinha para limpar, crianças para cuidar e educar, casa para arrumar e marido para cuidar. Hoje, obedecem às próprias vontades, podem escolher ao invés de serem escolhidas e tem a opção de escolher o que é melhor para elas e para quem amam.
Seja nas artes, na ciência ou na política essas mulheres romperam preconceitos para poder viver e oferecer o melhor. Representam o berço do amor, a nobreza, a generosidade, a tolerância, o despreendimento e a consciência de seu valor e capacidade para conquistar seu espaço — sem perder sua feminilidade — e facilitar o caminho daqueles a quem amam.
Na verdade, o grande diferencial é a sua inteligência emocional – que lhes é intrínseca e inata — que lhes dá habilidades para poder se relacionar bem com os que a rodeiam, de se adaptar com facilidade, de persistir um pouco mais, de controlar seu temperamento e saber lidar com os seus sentimentos — emoção e razão— tornando-se mais rápida, mais objetiva e apta a conquistar seu espaço para poder manifestar seu talento e realizar seus sonhos.
O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial.
Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.
O primeiro manifesto visou chamar a atenção às condições de trabalho inaceitáveis e perigosas que muitas mulheres enfrentaram no mundo inteiro. Embora na época fosse comemorado somente em alguns países, trouxe cerca de um milhão de mulheres às ruas, exigindo não somente melhores condições de trabalho mas também o direito de igualdade social entre homens e mulheres, no qual as diferenças biológicas deviam ser respeitadas e não pretextos para subordinar e inferiorizar a mulher.
Assim, o dia 8 de março passou a ser oficializado como O Dia Internacional da Mulher que não somente representa uma mera data comercial para festejar com chocolates, flores, jantares, mas que também simboliza uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade — das responsabilidades que cada mulher carrega com ela para fazer com que os que a rodeiam mudem suas atitudes, revejam conceitos, lutem por uma sociedade digna e preservem verdadeiros valores de dignidade humana.
É notório que o mundo mudou muito nos últimos 50 anos e que hoje, a maioria das mulheres, ao redor do mundo, trabalha duro, diariamente, para fazer valer sua voz, realizar seus sonhos e se tornar mais influente, porém, não podemos esquecer que ainda há muitas mulheres que não participam nessa luta diária, talvez pelo medo de tomarem decisões difíceis no âmbito da vida pessoal, reagindo contra ao que lhe foi imposto ou repassado através da tradição familiar.
Em homenagem a todas essas mulheres que saíram à luta e se esforçaram, dia após dia, para ter e manter seu espaço reconhecido na sociedade, e, também , a todas a que se mantiveram no silêncio — umas como Amélias da vida, outras por falta de iniciativa ou oportunidade — e, como não poderia deixar de ser, a todos os homens que aprenderam a respeitar a mulher-mãe, a mulher-esposa, a mulher-filha, a mulher-irmã, a mulher-trabalhadora, a mulher-companheira, a mulher-amiga e à mulher, pelo simples fato de ser mulher, destacamos abaixo algumas mulheres que de alguma forma mudaram a história da humanidade, seja nas artes, na ciência, na política ou até mesmo na mitologia, essas mulheres quebraram preconceitos e se impuseram à frente de seu tempo.
Anita Garibaldi — 1821/1849
Considerada, no Brasil e na Itália, um exemplo de dedicação e coragem, Anita foi homenageada pelos brasileiros com a designação de dois municípios, ambos no estado de Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis. Muitas cidades brasileiras possuem também ruas e avenidas com seu nome, como a avenida Anita Garibaldi, em Salvador, Bahia.
Aung San Suu Kyi, Birmânia — 1945…
Suu Kyi é filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia, que foi assassinado quando ela tinha apenas dois anos de idade.
Depois de ter vivido em Londres, regressou ao seu país em 1988 e, em pouco tempo, tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar.
Em 1990, Aung San ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento. Em 1991, mesmo encarcerada, ganhou o Nobel da Paz e, em 2008, foi classificada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes.
Em 2011, Aung San Suu Kyi, ganha The Wallenberg Medal — Um prêmio de reconhecimento a trabalhos humanitários, oferecido desde 1990, pela Wallenberg da Universidade de Michigan, EUA.
Benazir Bhutto — 1953-2007
Bertha Lutz, Brasil — 1894/1976
A carioca Bertha Lutz foi uma das primeiras militantes no país a lutar pelos direitos de votos das mulheres. Filha do famoso médico Adolfo Lutz, passou boa parte de sua vida se dedicando às causas femininas.
Após concluir seus estudos de ciências naturais, em Paris, na década de 20, entrou em contato com feministas européias. Ao voltar ao Brasil, fundou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino e representou o país na Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos.
Eleita deputada federal em 1934, batalhou por mudanças nas leis de trabalho para mulheres e crianças e pela igualdade salarial. Em 1975, um ano antes de morrer, fez parte da delegação brasileiro no Congresso internacional da Mulher, no México.
Carmen da Silva, Brasil — 1919/1985
Jornalista e psicanalista, a gaúcha Carmen da Silva é considerada como um dos personagens mais relevantes no feminismo brasileiro. Ela se tornou a precursora das discussões sobre a questão da mulher quando, a partir de 1963 e durante 22 anos, escreveu uma coluna na revista CLAUDIA chamada A Arte de Ser Mulher.
Publicada inclusive no auge da censura durante o regime militar, Carmen trouxe ao debate público, pela primeira vez, temas importantes para as mulheres, como o divórcio, o adultério, o trabalho e a questão do uso da pílula anticoncepcional.
Carmen Miranda, Portugal — 1909/1955
A pequena notável começou sua trajetória de sucesso ao lado da irmã, Aurora, em programas de rádio e em shows em cassinos.
Depois de ser notada por empresários americanos, a moça sorridente, que cantava e dançava com suingue único, carimbou seu passaporte para trabalhar nos Estados Unidos.
Lá fez tanto sucesso com seus chapéus de bananas e badulaques que, além de conquistar Hollywood em filmes como Uma Noite no Rio e Copacabana, se apresentou pessoalmente para o então presidente, Franklin Roosevelt.
Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Na década de 50, voltou ao Brasil dependente de drogas e do álcool. Carmen morreu aos 46 anos, de ataque cardíaco, em sua mansão em Beverly Hills.
Mas até hoje seu trabalho continua sendo uma referência para atrizes e cantoras.
Cleópatra VII — 639/30 a.C.
O nome Cleópatra significa "glória do pai", Thea significa "deusa" e Filopator "amada por seu pai". É uma das mulheres mais conhecidas da história da humanidade e uma das governantes mais famosos do Egito, tendo ficado conhecida somente como Cleópatra — ainda que tenham existido várias outras Cleópatras além dela e que a história quase não cita.
É uma das mulheres mais conhecidas da história mundial por ter sido a mais intrigante rainha do Egito. Seus romances com Julio César e Marco Antonio converteram-na numa das soberanas com mais poder da antiguidade.
Nunca foi a detentora única do poder em sua terra natal — de fato co-governou sempre com um homem ao seu lado: o seu pai, o seu irmão (com quem casaria mais tarde) e, depois, com o seu filho. Contudo, em todos estes casos, os seus companheiros eram apenas reis titularmente, mantendo ela a autoridade de fato.
Cleópatra foi uma grande negociante, estrategista militar, falava seis idiomas e conhecia filosofia, literatura e arte gregas e, sua história, tem servido de inspiração aos artistas ao longo dos tempos.
Coco Chanel,França — 1883/1971
Libertou a mulher daqueles trajes desconfortáveis e rígidos do final do século XIX, ao estabelecer o conceito da roupa feminina funcional. Além de dar à mulher um novo look, ela cria a imagem da nova mulher do último século: independente, bem-sucedida, com personalidade e estilo.
Mesmo após 40 anos de sua morte, a estilista Coco Chanel continua ditando a moda das mulheres mais elegantes do mundo. Seu estilo está presente no cabelinho liso e curto que a imortalizou, nas bolsas, nos perfumes e na inspiração dos criadores de moda.
Cora Coralina — 1889/1985
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 – Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, quando já tinha quase 76 anos de idade.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores.
Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.
Diana de Gales — 1961/1997
Após o seu casamento com o Príncipe de Gales em 1981, Lady Di tornou-se uma das mulheres mais famosas do mundo: um ícone da moda, um ideal de beleza e elegância feminina, admirada por seu trabalho de caridade, em especial por seu envolvimento no combate à SIDA/AIDS e na campanha internacional contra as minas terrestres.
Ex-mulher do príncipe Charles, com quem protagonizou o casamento da década, em julho de 1981, assistido pela televisão por cerca de um bilhão de pessoas, Diana viveu um conto de fadas sem final feliz — o casamento terminou em1996, após vários escândalos tanto por parte de Charles como de Diana.
A sua trágica e inesperada morte num acidente de carro, em Paris, foi seguida de um grande luto público pelo Reino Unido e, em menor escala, pelo mundo. Seu funeral, em setembro de 1997, foi assistido globalmente por cerca de 2,5 bilhões de pessoas, se tornando um dos eventos mais assistidos da história da televisão e, até hoje, ela é considerada a personalidade feminina mais importante e admirada da Europa.
Mesmo uma década após a sua morte, a "Princesa do Povo" (termo cunhado pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair) continua sendo uma das celebridades mais constantes na imprensa, servindo de tema para milhares de livros, jornais e revistas. O seu nome é citado pelo menos 8 mil vezes por ano na imprensa britânica.
Edith Piaf, França — 1915/1963
Edith Giovanna Gassion nasceu em Paris, na França, e ganhou fama como Edith Piaf. Pelos elegantes e esfumaçados salões parisienses da primeira metade do século 20, essa intérprete, uma das maiores divas européias, chamou a atenção de todos ao contar histórias pessoais em suas canções.
La Vie en Rose, seu maior clássico, e Non, Je Ne Regrette Rien, por exemplo, trouxeram o romantismo para a música e se tornaram trilha de muitos casais apaixonados em todo o mundo.
A vida de Edith Piaf é uma história de superação: na infância sofria com problemas de saúde e com o pai alcóolatra. Aos 17 anos, perdeu sua única filha e quase se tornou prostituta.
Decidida a transformar seu destino, passou a cantar nas ruas de Paris. Aos poucos, começou a fazer sucesso. Edith também levou seu estilo sofrido aos palcos dos teatros e ao cinema e tornou-se a grande dama da música francesa.
Morreu aos 47, com muitos problemas de saúde, além de uso excessivo de morfina. Seu túmulo no cemitério Père-Lachaise, na capital francesa, é até hoje um dos mais visitados do país.
Elis Regina, Brasil — 1945/1982
Começou nos festivais da Rede Record nos anos 60, onde emocionou plateias com a música Arrastão. Engajada, a cantora encampou a luta contra a ditadura no início dos 70 e abraçou a bandeira das causas femininas nos anos 80.
Seu maior sucesso, O Bêbado e o Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, não só virou o hino da anistia do Brasil pós-regime militar como se tornou o retrato do sentimento de uma geração de homens e mulheres e, com os sucessos de Falso Brilhante e Transversal do Tempo, inovou os espetáculos musicais no país onde era capaz de demonstrar emoções tão contrárias, como a melancolia e a felicidade, numa mesma apresentação ou numa mesma música.
Elis Regina aventurou-se por muitos gêneros; da MPB, passando pela bossa nova, o samba, o rock, ao jazz. Interpretando canções como “Madalena", "Como Nossos Pais”, "O Bêbado e a Equlibrista”, “Querelas do Brasil”, que ainda continuam famosas e memoráveis e registram os momentos de felicidade, amor, tristeza, patriotismo e ditadura militar no país.
Elis Regina morreu precocemente em 1982, com apenas 36 anos, deixando uma vasta obra na música popular brasileira. Embora haja controvérsias e contestações, os exames comprovaram que havia morrido por conta de altas doses de cocaína e bebidas alcoólicas, e o fato chocou profundamente o país na época.
Evita Peron , Buenos Aires — 1919/1952
Lutou pelos direitos dos trabalhadores e da mulher e se tornou a mulher mais importante da história política da Argentina, Maria Eva Duarte de Perón, ou Evita, como foi chamada carinhosamente por seus admiradores.
Não foi apenas uma primeira dama muito amada por seus conterrâneos, mas o braço direito do presidente Juan Domingo Perón, um dos maiores defensores das classes trabalhadora do país.
Além de se esforçar para que a Argentina institucionalizasse o voto feminino, Evita apoiou seu marido até o golpe que ele sofreu, em 1945, e o ajudou a sair da prisão.
Morreu aos 33 anos, de câncer no útero, e está enterrada no mausoléu da família Duarte em Buenos Aires. Ficou imortalizada no musical Evita, de Andrew Lloyd Webber, de 1978, que fez sucesso com o hino Don´t Cry for me, Argentina, homenagem ao ícone dos hermanos.
Fernanda Montenegro, Brasil — 1929 ...
Considerada a grande dama do teatro e da televisão brasileira de todos os tempos, a carioca Fernanda é uma atriz de energia inesgotável.
Do início da carreira no rádio, na TV Tupi e em filmes como A Falecida, de Nelson Rodrigues, a sua brilhante atuação na novela Passione sempre exibiu vigor e talento em cada papel.
Aos 15 anos, Fernanda decidiu fazer um curso de locução de rádio. De lá, migrou para a TV Tupi, em 1951, onde atuou em cerca de 80 trabalhos. Na mesma década, também ganhou fama no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).
Entrou na TV Globo em 1965, para fazer teleteatros, como As Três Faces de Eva, de Janete Clair. No entanto, foi em sua primeira novela na emissora, Baila Comigo, de 1981, que se tornou famosa do grande público. Na sequência, vieram Brilhante e Guerra dos Sexos, entre outras.
No final dos anos 90, virou sucesso em Hollywood ao ser a primeira atriz brasileira indicada ao Oscar, por sua atuação no filme Central do Brasil, de Walter Salles.
Gisele Bündchen, Brasil — 1980 ...
Daí em diante, essa gaúcha da pequena cidade de Horizontina não parou mais: de 2004 a 2010, segundo a revista Forbes, foi a profissional mais bem paga do ramo, juntando uma fortuna avaliada em 150 milhões de dólares.
Todo esse sucesso começou quando Gisele tinha apenas 14 anos e foi notada por um olheiro de agência de modelos. Não tardou para que suas pernas longilíneas circulassem por passarelas e estúdios em campanhas para grifes como Valentino, Versace e Victoria´s Secret.
Profissional respeitada, casada desde 2009 com o jogador Tom Brady e mãe de Benjamin, de 1 ano, defende causas sociais como a do combate à AIDS, à fome e a preservação do meio ambiente. Por todo esse empenho foi chamada para ser Embaixadora da Boa Vontade pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente.
Glória Maria, Brasil — 1949 ...
A repórter e apresentadora começou na Rede Globo, nos anos 70, fazendo reportagens para o Jornal Hoje e o Fantástico e, em pleno regime militar, trabalhou em coberturas ousadas e tensas, sempre com muita repercussão, como a da Guerra das Malvinas, na Argentina.
Em 1998, passou a apresentar o Fantástico, onde ficou até 2007, quando decidiu tirar dois anos sabáticos. Durante esse tempo como âncora, foi protagonistas das reportagens mais interessantes sobre viagens da TV brasileira: com 14 passaportes completos, rodou o mundo e mostrou lugares exóticos e perigosos, principalmente para uma mulher, como o Oriente Médio.
Nos últimos anos, recolheu-se em retiros espirituais na China e na Índia e ajudou em projetos de caridade mundo afora. Num deles, na Bahia, conheceu as pequenas Maria e Laura, que acabou adotando. Atualmente, divide o papel de mãe com o de repórter do Globo Repórter, da Rede Globo.
Golda Meir, Rússia/Israel — 1898/1978
Em 1921, foi morar na Palestina, com o marido Morris Myerson. Lá, fez carreira como chefe da Organização Mundial Sionista e ajudou a fundar o Estado de Israel, em 1948.
Após a independência, tornou-se embaixadora do país na União Soviética. Em 1969, tornou-se primeira-ministra de Israel e assumiu uma postura bastante rígida contra o terrorismo, à qual foi taxada de a "dama de ferro", bem antes do termo ser adotado para descrever a ex-premiê britânica Margareth Thatcher.
Durante seu mandato, Golda Meir enfrentou um dos momentos mais críticos da história: a Guerra do Yom Kippur, ocorrida quando Síria e Egito atacaram a nação em pleno dia do Perdão.
Golda Meir morreu de câncer, aos 80 anos, sendo eternizada como uma das mulheres mais importantes do Oriente.
Hillary Clinton, Estados Unidos — 1947 ...
Já nos anos 70, após fundar um centro de advocacia para crianças e famílias no estado de Arkansas, foi considerada uma das advogadas mais influentes no país. Nessa época conheceu o marido, Bill Clinton, com quem se casou em 1975.
Hillary foi primeira-dama de 1993 a 2001 e comandou diversos programas de ajuda legal e de pela luta pelos direitos de mulheres e crianças no mundo.
Em 2000, Hillary tornou-se senadora. Entre seus projetos, incluiu campanhas de mamografia para a população e o incentivo à emancipação de mulheres no mundo árabe.
Indira Gandhi, Índia — 1917/1984
Com uma força e determinação únicas Indira governou por 18 anos exercendo uma influência decisiva na história daquele país e adquirindo uma grande reputação no mundo todo como líder política. Seu slogan era: “Abolish Poverty” — Abaixo a Pobreza (tradução livre)
Indira Gandhi, entre suas realizações mais relevantes estão a nacionalização dos bancos e o incentivo para o aumento das plantações de cereais no país e, também, foi responsável pela entrada de seu país na corrida nuclear, com fins pacíficos.
Por conta de conflitos religiosos entre minorias, morreu assassinada em 1984, em Nova Délhi.
Irmã Dulce, Brasil — 1914/1992
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, melhor conhecida como Irmã Dulce, Beata Dulce dos Pobres ou Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo recebido o epíteto de "o anjo bom da Bahia", foi uma religiosa católica brasileira que se notabilizou por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados.
Em 1988, foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, pelo então presidente do Brasil José Sarney, com o apoio da rainha Silvia da Suécia.
Em 2000 foi distinguida pelo papa João Paulo II, com o título de Serva de Deus e em 2011, Irmã Dulce foi beatificada em Salvador e passou a ser reconhecida como Bem Aventurada Dulce dos Pobres.
Jane Addams, Chicago — 1860/1935
Foi socióloga, filósofa, feminista, pacifista e ferrenha defensora dos direitos civis femininos, entre eles o direito ao voto. Foi considerada pelo presidente Theodore Roosevelt como “a cidadã mais útil dos Estados Unidos”.
Jane pretendia ser médica mas possuiria uma constituição muito débil, o que a levou a desistir de tal propósito. Numa viagem a Londres conheceu os Serviços Sociais da capital inglesa e sentiu nascer em si uma nova vocação.
Ao regressar a Chicago, tornou-se uma fervorosa defensora da paz e da justiça social, razão pela qual resolveu criar instituições que protegessem os imigrantes e os trabalhadores de todas as raças. Com a sua amiga Helena Gates Starr, instalalou-se num barracão, o qual limparam e arranjaram de forma a albergar um serviço de assistência social que ficou conhecido como Hull House. Este foi inaugurado em 1889 e Jane foi, até à sua morte, sua chefe - residente.
No Hull House foram instalados jardins de infância, uma agência de emprego, oficinas, campos de recreação, biblioteca, escola de música e aulas de artesanato, clubes, entre outras coisas. Desenvolveu ainda uma frutuosa acção no campo das leis, tendo auxiliado à promulgação da lei de protecção ao trabalho de menores e de mulheres, assim como procurando leis que promovessem maior segurança no local de trabalho, como por exemplo as fábricas.
Defensora do sufrágio feminino, Jane revelou-se uma pacifista e uma mulher desapegada dos bens materiais. Ocupou apenas um lugar remunerado em sua vida, o de inspectora municipal de limpeza urbana. Todos os demais não eram remunerados. Fundou a Associação para o Avanço dos Povos de Cor e tomou parte na Conferência Feminina Internacional da Paz.
Janis Joplin, Estados Unidos — 1943/1970
Janis, que nasceu no Texas, estreou na música seguindo a filosofia de contracultura dos poetas beats americanos nos anos 60.
Ao lado da banda Kozmic Blues Band, passou a ganhar cada vez mais fama no cenário alternativo americano cantando blues.
Drogas, bebidas e barracos faziam parte de sua rotina nada conservadora. O auge de sua carreira aconteceu em 1969: com apenas 10 músicas entoadas no festival de Woodstock, nos Estados Unidos, ela se tornou uma lenda do rock mundial.
Em 1970, Janis veio ao Brasil e escandalizou a todos com sua nudez e seu jeito aberto de lidar com a sexualidade. No mesmo ano, morreu de overdose de heroína.
Joana d'Arc, France — 1412/1431
Ela foi uma importante personagem da História francesa, durante a Guerra dos 100 anos , quando seu país enfrentou a rival Inglaterra. Desde criança ela tinha visões que a aconselhavam entrar para o exército e, assim, o fez. Cortou o cabelo bem curto, vestiu-se como homem e foi lutar na guerra.
Em 1430, foi capturada pelos borgonheses que a venderam para os ingleses. Acusada de praticar feitiçaria, foi condenada à morte na fogueira.
Em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva, foi transformada em santa da Igreja Católica, depois de perceber que o mito da heroína francesa nunca morreu e, em 1922, foi declarada padroeira de França.
Joanne Kathleen Rowling, Inglaterra — 1965 ...
Desde criança, Joanne gostava de ler contos como O Vento nos Salgueiros e O Cavalinho Branco. Muitos autores influenciaram sua obra, e fizeram nascer em Joanne a vontade latente de tornar-se escritora.
Famosa por escrever em bares, com a primogênita ao lado no carrinho, ela enfrentou uma série de dificuldades até atingir a riqueza e a fama como escritora, passando-se longos anos até que o Harry Potter e a Pedra Filosofal chegasse às prateleiras, com a ajuda de seu agente literário Christopher Little. Desde então, J. K. Rowling escreveu os outros seis livros que a tornaram rica, e capacitaram-na a contribuir com instituições que ajudam a combater doenças, injustiças e a pobreza.
Quando terminou seu primeiro livro, Harry Potter e a Pedra Filosofal, sobre um garoto que vai para uma escola de bruxaria, Joanne mandou cópias para vários agentes literários, mas só recebeu recusas.
Até que, depois de muita insistência, um deles resolveu publicar uma pequena edição, com a condição de que ela usasse as iniciais de seu nome para que os garotos não desconfiassem de que a autora era uma mulher.
Assim que chegou às prateleiras, a obra virou sucesso imediato e Joanne se tornou a maior escritora moderna do Reino Unido. A saga de Harry Potter ganhou várias continuações e chegou aos cinemas, sempre com estrondoso sucesso.
Traduzidos para mais de 64 idiomas, seus livros venderam 400 milhões de cópias pelo mundo todo e renderam à autora por volta de 576 milhões de libras, mais ou menos 1 bilhão de dólares, segundo estimativa da Forbes em fevereiro de 2004, tornando-a a primeira pessoa a tornar-se bilionária (em dólares) escrevendo livros
Leila Diniz, Brasil — 1945/1972
A atriz não teve receio de aparecer e ser fotografada na praia, de biquíni, no final da gravidez. Enquanto a sociedade machista a criticava, ela não se melindrou ao dizer que adorava sexo ao dar uma entrevista ao jornal O Pasquim, em 1969.
Por conta disso, a censura e a polícia política passaram a persegui-la. Amante dos blocos de rua do Rio de Janeiro e do teatro de revista foi o exemplo de liberação para muitas mulheres nos anos seguintes.
Morreu num acidente aéreo aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem feita para a Austrália. Sua amiga, a atriz Marieta Severo e o compositor e cantor Chico Buarque de Hollanda criaram a filha de Leila.
Em sua carreira curtíssima, Leila fez 12 novelas e 14 filmes. Morreu aos 27 anos, no auge da fama, em um acidente aéreo, deixando a filha Janaína Diniz, hoje também atriz.
Madonna, Estados Unidos — 1958 ...
Artista versátil, que escreve, canta e atua, Madonna teve um efeito bombástico nas discussões sobre sexualidade nas últimas décadas.
A cantora americana, que chegou a passar fome no início de carreira em Nova York, virou um ícone da música pop e um modelo de conduta para muitas gerações.
Até se tornar a segunda maior artista de todos os tempos, de acordo com a revista Billboard, e uma das 25 mulheres mais influentes do mundo, segundo a Times, a artista travou uma longa batalha.
Misturando roupas sensuais a ícones religiosos, o visual que dez entre dez garotas imitavam nos anos 80, fez sucesso com discos como Like a Virgin, True Blue e Erotica. Nesse último, provocou o mundo com suas letras explícitas e fotos onde aparecia nua.
Como um camaleão, foi loira, morena, ruiva, gordinha, magérrima, moderna, retrô, punk. Mutante e avançada, mas com a cabeça no lugar, ao longo de sua carreira tem dado visibilidade a questões sociais importantes, como o combate à AIDS e à miséria e a liberação do aborto, além de adotar uma criança africana, abrindo espaço para a divulgação da pobreza no continente.
Com mais de 270 milhões de discos vendidos, Madonna é a artista feminina mais bem sucedida de todos os tempos.
Madre Teresa de Calcutá, Albania — 1910/1997
Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionários da Caridade” , entre 1968 e 1969 e estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Sri LankaCeilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc., tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".
O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prêmio Templeton, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.
Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga que havia falecido 6 dias atrás num acidente de automóvel em Paris.
Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. Encontra-se sepultada em Motherhouse Convent, Calcutá, Bengala Ocidental na Índia. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.
Margaret Thatcher, Inglaterra — 1925...
Ao liderar o governo do Reino Unido, Thatcher estava determinada a reverter o que via como o declínio nacional de seu país. Suas políticas econômicas foram centradas na desregulamentação do setor financeiro, na flexibilização do mercado de trabalho e na privatização das ineficientes empresas estatais.
Sua popularidade esteve baixa em meio a recessão econômica iniciada com a Crise do petróleo de 1979, no entanto, uma rápida recuperação econômica, além da vitória britânica na Guerra das Falklands, fizeram ressurgir o apoio necessário para sua reeleição em 1983.
Foi apelidada de “Dama de Ferro” por ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato em 1984, devido à sua dura oposição aos sindicatos e de sua forte crítica à União Soviética. Thatcher foi reeleita para um terceiro mandato em 1987, mas sua impopular visão crítica à criação da União Europeia lhe fez perder apoio em seu partido, renunciando aos cargos de primeira-ministra.
Margaret Thatcher ainda foi considerada como "O homem forte do Reino Unido", por Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos da América, devido à sua postura bastante forte perante o poder.
Em 1992, Margaret Thatcher deixou a Câmara dos Comuns, ganhando lugar na Câmara dos Lordes, como Baronesa Thatcher de Kesteven.
Maria Curie, Polônia — 1867/1934
Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, foi uma cientista polonesa que exerceu a sua atividade profissional na França. Foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes com um Pr^emio Nobel, de Física, em 1903, dividido com seu marido,Pierre Curie e Becquerel, pelas suas descobertas no campo da radiotividade (que naquela altura era ainda um fenómeno pouco conhecido) e com o Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádios e polônio.
Com a morte de seu marido, em um acidente rodoviário, 1906, Marie ocupou o seu lugar como professora de Física Geral na Faculdade de Ciências. Foi a primeira mulher a ocupar este cargo. Foi também nomeada Diretriz do Laboratório Curie do Instituto do Radium, da Universidade de Paris, fundado em 1914.
Marie Curie morreu em 1934, França, de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu o Nobel de Química de 1935, ano seguinte à morte de Marie.
O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados à Radioactividade clássica
Marylin Monroe, Estados Unidos — 1926/1962
Marylin se tornou o símbolo sexual dos Estados Unidos e do mundo. Sua aparente vulnerabilidade e sua sensualidade natural a tornaram uma das mulheres mais desejadas do século passado.
Ao mesmo tempo em que explodia nas telas, sua vida amorosa ganhava toques cinematográficos: teve casamentos turbulentos com o astro do beisebol Joe DiMaggio e com o diretor Arthur Miller e, diz-se, que teve um romance secreto com os irmãos Robert e John Kennedy, o qual, na época, era president dos Estados Unidos.
Depois de cantar de maneira sensual Parabéns a Você na festa de aniversário de Kennedy, segundo a imprensa americana, acabou sendo ameaçada pela máfia e precisou se afastar dele.
Em 1962, foi encontrada morta por overdose de barbitúricos em sua mansão. As especulações de que teria sido assassinada nunca foram esclarecidas.
Mayana Zatz, Israel/Brasil — 1947...
Mayana, que nasceu em Tel Aviv, chegou ao Brasil em 1955 e, em 1968, após cursar medicina na Universidade de São Paulo, começou a fazer aconselhamento genético para os pacientes, então um trabalho de vanguarda.
Tornou-se doutora em genética em 1974 e, em 1981, fundou a Associação Brasileira de Distrofia Muscular, buscando dar tratamento digno para os portadores do problema. Em 1995 ganhou fama ao fazer parte do primeiro grupo de cientistas que localizou um dos genes ligados a um tipo de distrofia dos membros.
Também recebeu inúmeros prêmios pelo seu trabalho social, inclusive o Prêmio Cláudia. Hoje, atua no Centro de Estudos do Genoma Humano da USP onde realiza pesquisas importantes no campo de células-tronco.
Entre outros, ganhou o Prêmio México de Ciência e Tecnologia 2008. Em setembro do mesmo ano, Mayana ganhou o Prêmio Walter Schmidt, conferido pela empresa Fanem para destacar personalidades que promoveram o desenvolvimento do setor da saúde brasileira.
Oprah Winfrey, Estados Unidos — 1954...
Após uma carreira de mais de 30 anos na TV americana, pilotando o talk show de maior audiência do país, em 2011, Oprah Winfrey decidiu abrir sua própria emissora de TV, a OWN (The Oprah Winfrey Network).
Para chegar até aí, a americana Oprah Gail Winfrey batalhou muito.Negra e integrante de uma família religiosa e pobre, superou os problemas familiares com extrema dedicação.
Seu primeiro emprego, no entanto, foi numa rádio, onde transmitia notícias locais. Em 1984 fez seu tímido debut no veículo que a alçaria para a fama, a TV. Em apenas alguns meses, seu talk show AM Chicago virou febre de audiência.
Na década seguinte, passou a tratar de temas polêmicos conseguindo ainda mais audiência. De lá para os dias de hoje só progrediu: segundo a revista Forbes, Oprah foi a mulher mais rica do século 20 e a primeira negra a entrar na lista de bilionários da publicação.
Além do canal de TV próprio, ela comanda um império que publica revistas e sites e toca inúmeros projetos sociais na África.
Rita Lee, Brasil — 1947...
Com o disco solo Fruto Proibido, de 1975, tornou-se uma estrela de norte a sul do país. Nele estão, por exemplo, as canções Ovelha Negra e Esse tal de Rock n Roll. Nessa mesma década, Rita enfrentou, com bom humor, a caretice da ditadura militar, compondo temas irreverentes como Arrombou a Festa.
Para as mulheres, um dos legados mais importantes de Rita é sua canção Cor de Rosa Choque, que no início dos anos 80 virou trilha de abertura do programa TV Mulher, da Rede Globo, e se tornou o maior hino feminista do Brasil.
Ainda hoje, aos 63 anos, Rita Lee mostra que é moderna e antenada, chegando a se tornar uma das celebridades mais atuantes e polêmicas do Twitter.
Rosa Parks, Estados Unidos — 1913/2005
Ela ganhou fama quando, em 1955, quando se negou a dar seu lugar no ônibus a um branco, o que gerou revolta entre os racistas e deu origem a um movimento de negros contra a discriminação.
Seu gesto repercutiu entre a sociedade negra que, em pouco tempo, elegeu-a como uma de suas mais importantes representantes. Sua atitude virou exemplo nos sermões que o pastor Martin Luther King fazia para conclamar os negros americanos a lutarem por seus direitos. Juntos, os dois por fim mudaram a vida de negros no mundo todo. Rosa morreu em 2005, de mal de Alzheimer.
Simone de Beauvoir, França — 1907/1986
Os dois começaram um dos relacionamentos mais notórios da literatura mundial. Embora se amassem, mantinham casos com outras pessoas, num sinal de modernidade incomum à época.
Foi justamente essa liberdade tema de seu primeiro romance, A Convidada (1943). Nas obras seguintes, como em Os Mandarins (1954), prosseguiu abordando a liberdade individual e suas teses existencialistas.
Para o universo feminino, tornou-se uma grande referência ao publicar O Segundo Sexo em 1949, onde discutiu o papel das mulheres na sociedade. Antes de morrer, em 1981, lançou A Cerimônia do Adeus, um tributo ao eterno marido Sartre.
Zilda Arns, Brasil — 1934/2010
Zilda nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina e, ao se formar em medicina, decidiu se dedicar a salvar crianças da mortalidade infantil. Para isso, criou uma técnica que envolvia conhecimentos médicos e solidariedade.
Em 1980, assumiu o Departamento Materno-Infantil da Secretaria da Saúde do Paraná onde implementou planejamento familiar e tratamento contra o câncer ginecológico, entre outros projetos.
Em 1983, criou a Pastoral da Criança e passou a estender sua solidariedade a famílias pobres de mais de 4 mil municípios brasileiros.
Recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país. Da mesma forma, à Pastoral da Criança foram concedidos diversos prêmios pelo trabalho que vem sendo desenvolvido desde a sua fundação.
Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país. No dia 12 de janeiro de 2010, pouco depois de proferir uma palestra para cerca de 15 religiosos de Cuba, o país foi atingido por um violento terremoto e a Dra. Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.
Hoje, pode-se dizer, que a realidade da mulher não se restringe a uma cozinha para limpar, crianças para cuidar e educar, casa para arrumar e marido para cuidar. Hoje, obedecem às próprias vontades, podem escolher ao invés de serem escolhidas e tem a opção de escolher o que é melhor para elas e para quem amam.
Seja nas artes, na ciência ou na política essas mulheres romperam preconceitos para poder viver e oferecer o melhor. Representam o berço do amor, a nobreza, a generosidade, a tolerância, o despreendimento e a consciência de seu valor e capacidade para conquistar seu espaço — sem perder sua feminilidade — e facilitar o caminho daqueles a quem amam.
Na verdade, o grande diferencial é a sua inteligência emocional – que lhes é intrínseca e inata — que lhes dá habilidades para poder se relacionar bem com os que a rodeiam, de se adaptar com facilidade, de persistir um pouco mais, de controlar seu temperamento e saber lidar com os seus sentimentos — emoção e razão— tornando-se mais rápida, mais objetiva e apta a conquistar seu espaço para poder manifestar seu talento e realizar seus sonhos.
Mulher, Feliz Dia! Com respeito, reconhecimento, carinho, e, é claro, com uns chocolatinhos e umas flores que não fazem mal a ninguém, ao contrário, alimentam a auto-estima de qualquer ser humano.
Mulher, Hoje é seu Dia! Sonhe e Realize!
Fonte: Wikipedia, Revista Claúdia, Internet
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Tags: Mulher, dia, internacional, março, luta, direitos, trabalho, preconceito, condiçoes, vida
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