A invasão da internet como meio
de comunicação nos mais diversos segmentos, acabou por difundir, em grande
velocidade, a informática pelos lares do mundo inteiro e o mundo das crianças
acabou sendo invadido pela internet que se tornou uma opção bem atraente de
pesquisa, diversão e informação.
Pesquisadores dizem que mesmo os mais jovens estão
navegando online, usando
computadores, laptop, tablets, iPod e smartphones e como consequência está
transformando a vida das crianças, seja
na escola ou em casa.
O acesso à internet é uma porta de entrada para o mundo e não há como negar, mas no caso de crianças e adolescentes, os pais ou responsáveis devem estar atentos e acompanhar o que os filhos estão acessando nas redes sociais. Os riscos são inúmeros, do possível assédio sexual ao bullying na Internet. Esses casos são cada vez mais frequentes e já levaram até mesmo crianças e adolescentes ao suicídio.
Pesquisas apontam que os pais, na
verdade, não sabem o que os filhos fazem
na internet e a maioria deles realmente não sabe o que fazer para controlar a
navegação, nem como fazer isto. O fato é que as crianças por estarem
vivenciando um mundo que tem a informática como peça fundamental na
aprendizagem, dominam e aprendem bem mais rápido, dificultando assim o monitoramento por parte
dos pais.
Na verdade, a internet como ferramenta de pesquisa abre um
mundo de possibilidades para as crianças e, sem dúvida, estimula o cérebro em
inúmeras formas e, as crianças, é claro,
vibram a cada lançamento digital — cellular, Laptop, Pocket, Ebook, Tablet,
Facebook, Youtube... etc. — pois com um
simples toque de dedos podem ser transportados até os confins do planeta, o que
obviamente, representa um pesadelo para os pais e professores que se questionam:
► Isso é bom ou ruim?
► Proibir, liberar ou dosar o uso
da informática para as crianças?
► Será que existe uma idade ideal
para as crianças terem acesso à Internet e celulares?
Pesquisas mostram que estas tecnologias, muitas vezes, ganham força com as crianças, pelo fato de serem mais práticas e prenderem sua atenção rapidamente. Desse modo, os pais, muitas vezes por comodidade, acham mais fácil deixá-los entretidos com um computador ou celular e, inconscientemente, acabam perdendo o controle, incentivando assim, o uso exagerado.
Antes da explosão dos smartphones e tablets e das redes móveis, o grande temor dos adultos com relação ao contato de seus filhos com a rede girava em torno do acesso a conteúdos impróprios e do contato com estranhos, inicialmente tido através de e-mails e salas de chat.
► O que fazer com a Informática na
educação infantil?
É desnecessário dizer que
celulares e internet tornam-se indispensáveis no dia a dia, tendo em vista que
a agilidade nas informações, comunicação imediata e o relacionamento virtual
com os amigos são, hoje, imprescindíveis para a integração social.
E muito embora não exista um consenso quanto ao seu uso, é evidente que a educação e a tecnologia são dois campos que tem muito afim, mas, tanto os pais quanto as escolas tem que ponderar quando discutem o uso da informática pelas crianças e estarem atentos não só à forma de utilização dessa nova ferramenta — apertar teclas, mexer no mouse e aprender a se conectar à rede — como também, na educação do usuário frente às questões éticas e morais que permeiam seu uso.
Pesquisas mostram que estas tecnologias, muitas vezes, ganham força com as crianças, pelo fato de serem mais práticas e prenderem sua atenção rapidamente. Desse modo, os pais, muitas vezes por comodidade, acham mais fácil deixá-los entretidos com um computador ou celular e, inconscientemente, acabam perdendo o controle, incentivando assim, o uso exagerado.
Especialistas afirmam que não é
possível determinar o momento exato para iniciar, por causa das ferramentas
estarem inseridas no cotidiano como em escolas e na própria casa, portanto, não
existe uma idade correta para a utilização das tecnologias e apontam o
acompanhamento como solução. Os pais devem ter bom senso para dosar a
quantidade do tempo de uso para crianças e adolescentes, observando os sites ou
contatos que estes jovens estão fazendo e com quem eles estão se relacionando.
Em casa, o uso do computador
também pode ser interessante, desde que a criança não passe horas em frente
à tela. É sabido que quanto menor for a criança , maior sua necessidade de
contato físico que é mais importante que qualquer relação com o virtual, assim
os pais podem incentivar a utilização do computador como mais uma forma de estimular
a curiosidade e a criatividade.
Na escola, a informática deve
seguir um projeto de informática que utilize o computador como ferramenta para
aguçar as percepções, desenvolver a curiosidade, a atenção, a memória, a
concentração, favorecer a interação do
aluno com a máquina e, promover atividades virtuais condizentes com cada faixa
etária, que criem condições para que a criança possa explorar suas
potencialidades intelectuais, assim como construir valores humanos e éticos.
Urge que certos cuidados devem ser tomados pelos pais ou familiares, como, por
exemplo, as configurações de segurança do perfil do usuário, controle e monitoramento sobre o que eles
estão acessando na internet, a publicação de fotos para evitar a exposição
indevida da imagem das crianças, bem como,
ter acesso ao perfil do seu filho por uma questão de segurança.
A verdade é que se antes as
crianças brincavam de bola, de bolinha de gude, de patinete, de peteca, de amarelinha, de queimada, de roda, de esconde-esconde ... na rua, hoje,
algumas até continuam brincando, mas por questões de avanço tecnológico têm à
sua disposição outros tipo de ferramentas, que certamente os leva a ter outra
visão de entretenimento e a reformularem seus métodos de diversão, onde o
celular, para essa geração, representa
um instrumento de identificação, distinção e
aceitação — é como escrever.
O psiquiatra americano Gary
Small, diretor do Centro de Memória e Envelhecimento da Universidade da
Califórnia, em Los Angeles, explica que a criança ao pesquisar na internet ativa áreas no cérebro mais extensas que
normalmente não são estimuladas durante a leitura e, de acordo com seus
estudos, crianças antenadas com as modernidades são melhores tomadoras de
decisões e têm capacidade maior de lidar com vários estímulos sensoriais ao
mesmo tempo.
Segundo pesquisas britânicas, as
crianças utilizam celulares cada vez mais cedo por questões sociais e de
segurança, porém, muitos pais se mostram preocupados com o uso de smartphones
por seus filhos e o conteúdo que eles acessam sem passar pelo crivo de um
adulto, pois temem o contato dos filhos com material pornográfico e publicidade
inapropriada.
Antes da explosão dos smartphones e tablets e das redes móveis, o grande temor dos adultos com relação ao contato de seus filhos com a rede girava em torno do acesso a conteúdos impróprios e do contato com estranhos, inicialmente tido através de e-mails e salas de chat.
Hoje, os pais lidam com um
agravante a essa problemática: a meninada quer smartphones, e quer cada vez
mais cedo. A preocupação causada pela presença online de crianças e
adolescentes é agravada na era da internet móvel, pois esse tipo de acesso
aumenta potencialmente os já conhecidos riscos da rede.
Poder-se-ia dizer que, hoje, o contato com a tecnologia e o uso da própria internet fazem parte do
processo educativo e que são experiências que precisam ser vividas e, é justamente por isso, que se faz necessário encontrar um ponto de
equilíbrio na questão.
Se por um lado não se pode tolher
algo importante para a formação dos jovens, ao mesmo tempo, tem que se criar
uma solução de monitoramento e bloqueio de serviços e de conteúdo para que a
exposição prematura e irrestrita de nossas crianças à rede seja controlada.
Sabe-se que este assunto
provocará muitas discussões envolvendo pais, educadores e até mesmo empresas
especializadas, mas o que precisa ficar claro é que os pais, antes que Papai
Noel chegue com o tão sonhado último modelo da era da internet móvel para suas
crianças, precisam, antes de tudo, conhecer de cabo a rabo o dito cujo — e não
esperarem que as crianças lhe ensinem — pois esses aparelhos tão modernos e
atrativos, por serem uma ferramenta de uso pessoal, são utilizados por qualquer
pessoa que ao escrever mensagens não estará preocupada em saber o grau de
maturidade de seus interlocutores, muito menos, se é criança, se lhe foi
permitido fazer parte da lista de seguidores.
Portanto, cabe aos pais e
familiares envolvidos ficarem mais atentos, aprenderem a monitorar, a
participar e a interagir com suas crianças. É fundamental estabelecer limites,
educar, explicar e conscientizar o uso
correto da navegação, desde o primeiro clique, pois somente com uma boa
supervisão e sem uso excessivo, as crianças possam aproveitar os benefícios de
estarem vivenciando a geração de apertar teclas, mexer no mouse, conectar-se a
uma rede e navegar. Proibir o uso e não
educar, não resolve, só adia o problema!
A Criança na Era da Internet
Móvel
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