Cometer erros, faz
parte da vida de qualquer ser humano, inclusive,
em algumas situações, é válido, porque enaltece e renova determinadas
competências, das quais dependemos para nos superarmos, nos respeitarmos
e nos aceitarmos como seres humanos em
um constante aprendizado.
Uns admitem seus
erros, outros, simplesmente os negam e ficam o tempo
todo com medo de cometerem outros, esquecendo-se assim de que o mundo é dos que se atrevem a
vivê-lo.
Abaixo, publicamos um texto de joão Alfredo
Biscaia, que vale a pena ler, reler e refletir. Confira!
Sinto um
forte desconforto ao ouvir as pessoas afirmarem que “não se arrependem de nada que
fizeram na vida”. Confesso que chego a ter um sentimento de piedade, já
que se arrepender de um erro — coisa na qual todos nós humanos invariavelmente
incorremos — é uma atitude de grandeza, de renovação, de vida diferente.
Ao ler a biografia de Juscelino Kubitscheck aprendi que “não ter compromisso com o erro” foi um traço marcante em sua vida. Juscelino foi sempre reconhecido pelo seu estilo empreendedor, inovador e arrojado, uma pessoa que admitia o erro, qualidade que mesmo seus mais ferrenhos adversários políticos reconheciam.
Ao ler a biografia de Juscelino Kubitscheck aprendi que “não ter compromisso com o erro” foi um traço marcante em sua vida. Juscelino foi sempre reconhecido pelo seu estilo empreendedor, inovador e arrojado, uma pessoa que admitia o erro, qualidade que mesmo seus mais ferrenhos adversários políticos reconheciam.
Quero
confessar, autêntica e espontaneamente, que errei muito na minha vida, mais do
que talvez devesse, nos diversos papéis que desempenhei ou que ainda
desempenho, tais como: pai, marido, filho, irmão, profissional,
colega, amigo e em todos os demais relacionamentos humanos que tenho mantido
nesse já longo tempo de caminhada.
Tenho que
aprender — e não apenas ensinar — que é preciso reexaminar os erros. Como
na vida o errar é inevitável, tento analisar com objetividade as falhas
do passado de modo a minimizar o efeito dos erros que vier a cometer no futuro.
Isto exige coragem e perseverança, mas acredito que valha a pena,
principalmente quando se aceita o princípio de que ninguém neste mundo é
perfeito.
Todos nós
temos qualidades e pontos a melhorar. Não somos produtos “acabados”, mas em
processo. É importante relembrar que a experiência só tem sentido quando se aprende
com ela. A experiência por si só é nada. Ela nada ensina, só aprendemos
com aquilo que transformamos em uma nova experiência que iremos vivenciar.
Relaciono,
abaixo, 14 das principais aprendizagens observadas a partir
dos inúmeros erros que já cometi, e que são irreversíveis.
• Amar
e confiar requerem correr o risco de não ser amado e de sofrer
decepções. Positivamente acredito não existirem alternativas para amar e
confiar.
• Não
raciocinar apenas com base nos meus desejos e necessidades. Os
interesses, preferências e motivações diferem de pessoa para pessoa.
• Faça
aos outros o que gostaria que fizessem com você — mensagem que a maioria das pessoas recebe nos
primeiros anos de vida. Na fase adulta, e trabalhando em organizações como
líder de pessoas e observando líderes de pessoas, tive que rever este
ensinamento para: “Faça aos outros o que
gostariam que fizessem com eles”.
E para que isso aconteça é necessária muita paciência, atenção e conversa com as pessoas com quem trabalhamos e vivemos, com o propósito de identificar cuidadosamente suas reais necessidades e interesses.
E para que isso aconteça é necessária muita paciência, atenção e conversa com as pessoas com quem trabalhamos e vivemos, com o propósito de identificar cuidadosamente suas reais necessidades e interesses.
• Nada
muda, se você não mudar. Obteremos sempre os mesmos resultados, se
adotarmos a mesma conduta.
• A
segurança emocional e psicológica “pode”, em certas situações, ser mais
importante e valiosa do que a segurança financeira.
• Evitar
racionalizar os nossos erros. Saber ouvir dos outros, com atenção,
aquilo que pensam, sentem e percebem a nosso respeito. Com isto, evitamos a
doença conhecida como “autoengano” ou “auto-ilusão”.
• Dar e
receber feedback é uma manifestação de respeito e afeto, desde que o
propósito do emissor seja realmente o de contribuir para a correção dos nossos
erros. É uma expressão de humildade e reconhecimento do receptor, ao absorver
as informações.
• Os
sentimentos de desprezar e ignorar as outras pessoas são os mais
doloridos. Deixam cicatrizes profundas, que um simples mercurocromo não fecha.
• Admitir
que podemos vir a cometer os mesmos erros, mas jamais perder a
esperança de deixar de cometê-los.
• Que a
vida não tem replay, é uma só, até que se comprove com certidão de
nascimento registrada em cartório confiável, assinado em baixo, DEUS. — Vinícius
de Morais.
• Que ganhar
dinheiro fazendo o que gostamos nos oferece um enorme prazer. Não tem preço.
• Que
ganhar dinheiro fazendo aquilo que NÃO gostamos passa a ser uma
indenização pela nossa infelicidade — Peter Drucker.
• Que o
tempo é inelástico, de reposição impossível. Aproveite!
• Não
conseguimos mudar o passado, mas é possível mudar a maneira como
enxergamos o passado. Precisamos ter uma atitude em relação a ele e, ainda,
visualizarmos o presente como o grande laboratório para vivências futuras mais
adequadas. Não é à toa que chamamos o tempo real de um “presente” , já que cada
dia é, de fato, uma oportunidade para elaborarmos um amanhã melhor.
Na Vida, Errar é Inevitável!
Texto de joão Alfredo Biscaia, MBC org
Blog Saltitando com as Palavras
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