A fábula é um
gênero literário que geralmente está associado à literatura infanto-juvenil,
mas, na verdade, o gênero imortalizado pelo grego Esopo, carrega histórias e
morais que podem ser aplicadas a qualquer universo, e não apenas ao universo
infantil.
Com uma linguagem
de fácil entendimento as fábulas são histórias curtas que sugerem uma verdade
ou reflexão de ordem moral e de caráter instrutivo, apresentada sempre no fim
de cada narrativa. Geralmente os personagens são animais, insetos, plantas,
humanos, deuses gregos que representam tipos humanos, como o egoísta, o
ingênuo, o espertalhão, o vaidoso, o mentiroso, entre outros.
O fato é que a
maior parte das pessoas, pelo menos, enquanto
criança, já ouviu algumas fábulas antes de dormir, cujas histórias foram
repassadas pelos pais, avós, tias, babás, professores ou por outras formas de
comunicação como livros, vídeos, sites, blogs, filmes e etc.
A fábula é considerada
uma das mais antigas formas de narrativas, tanto que muitos escritores
dedicaram-se a escrever fábulas, entretanto, entre outros, três deles ficaram mundialmente famosos, como:
o escritor grego Esopo ((620—560 a.C), o fabulista romano Caio Júlio Fedro (15 a.C. — 50d.C) e o francês Jean de La Fontaine (1621—1695).
No Brasil,
Monteiro Lobato (século XX) foi quem as recriou e, Millôr Fernandes, escritor
carioca, recriou as antigas fábulas de Esopo e La Fontaine, de forma satírica e
engraçada.
Cabe lembrar que
Esopo
foi um escravo e um contador de histórias que surgiu numa época em que
a liberdade de expressão era limitada e era comum usar as histórias para
criticar as formas de governo sem represálias. Na verdade, as fábulas desde há
muito tempo, serviam para se opor à opressão, para criticar usos e costumes e como
código para que os mais fracos pudessem se contrapor aos mais fortes de forma
subjetiva. Para fugir da repressão que poderia haver por parte de quem fosse
criticado, os autores usavam, muitas vezes, animais como personagens de suas
histórias.
Dentre as histórias
do maior contador de fábulas — Esopo — selecionamos O
Leão e o Rato que ensina o leitor sobre o ciclo da generosidade e o
valor da vida em comunidade. Quando o rato precisou de ajuda, o leão o acudiu;
algum tempo depois foi a vez do leão ser ajudado pelo rato.
O Leão e o Rato - Esopo
Um leão, cansado
de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns
ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos
conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o
ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse
embora.
Algum tempo
depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e
fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso,
apareceu o ratinho que com seus dentes afiados, roeu as cordas da armadilha e finalmente
conseguiu libertar seu benfeitor — o leão, pagando assim sua dívida.
Moral da
história:
• Uma boa ação nunca é esquecida, pois sempre haverá uma oportunidade para ser
retribuída.
• Os pequenos
amigos podem se revelar os melhores aliados.
• Nenhum ato de
gentileza é coisa vã.
• Não se pode julgar a importância de um favor,
pela aparência do benfeitor.
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Vale
destacar, que A fábula do Leão e o Rato foi adaptada para desenho animado e
está disponível na íntegra com um total de sete minutos de duração. Confira: