A hepatite é uma inflamação do fígado que pode
ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool em excesso e
outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
As hepatites virais são classificadas por letras do alfabeto, A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Cada tipo de hepatite tem suas próprias formas de transmissão, sintomas e tratamentos.
As hepatites A, D e E têm seus diagnósticos
por meio de coleta de sangue por punção venosa com agulha, já as hepatites
B e C podem ser diagnosticadas por testes rápidos por punção e coleta
de sangue da ponta dos dedos realizados nas unidades de saúde.
É importante lembrar que nem sempre a doença apresenta
sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, dor de
cabeça, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, icterícia
(coloração amarelada da pele e área branca dos olhos), colúria (urina escura),
acolia fecal (fezes claras).
🎗️ Hepatite A:
É geralmente transmitida por meio de alimentos ou água
contaminada, portanto tem o maior número de casos, já que está diretamente
relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve
e se cura sozinha. Existe vacina.
É importante lembrar que a vacinação de crianças de 15 meses
a 5 anos incompletos é uma forma de prevenção.
🎗️ Hepatite B:
É o segundo tipo com maior incidência. Pode ser transmitida
pela transfusão de sangue contaminado, compartilhamento de objetos perfurantes
ou cortantes, por meio de relações sexuais desprotegidos com pessoas
infectadas e também de mãe para o filho
durante a gestação ou no parto.
A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina,
associada ao uso do preservativo.
🎗️ Hepatite C:
Tem como principal forma de transmissão o contato com sangue.
É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à
AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de
fígado. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado
e morte.
A hepatite C não tem vacina, mas o tratamento
é feito com medicamento via oral, em um período de, 12 a 24 semanas.
Toda mulher grávida precisa fazer no pré-natal os exames
para detectar as hepatites B e C, HIV e sífilis. Em caso de resultado positivo,
é necessário seguir todas as recomendações médicas, cujo tratamento deverá
ocorrer somente após o parto.
🎗️ Hepatite D:
Causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em
pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B
também protege de uma infecção com a hepatite D.
🎗️ Hepatite E:
Causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via
digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas
regiões.
A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições
de saneamento básico e de higiene.
A hepatite E não se torna crônica, porém,
mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da
doença.
🎗️ PREVINA-SE:
• Vacine-se contra as hepatites A e B.
• Higienize as mãos antes das refeições e após usar o
banheiro.
• Utilize água tratada, clorada ou fervida, para lavar os
alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos.
• Cozinhe bem os alimentos antes de consumi-los,
principalmente mariscos, frutos do mar e peixes.
• Lave adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras.
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, tais como lâminas de
barbear e depilar, escovas de dentes, material de manicure e pedicure, agulhas,
confecção de tatuagem e colocação de piercings.
• Use instalações sanitárias.
• Adote medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção
de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água
sanitária, nas creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições
fechadas.
• Evite tomar banho ou brincar perto de valões, riachos,
chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto.
• Evite a construção de fossas próximas a poços e nascentes de
rios.
• Use preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e
região anal, antes e após as relações sexuais.
• A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de
engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para o bebê.
• É recomendado vacinar as crianças, após o nascimento, e
outras três doses da vacina durante o primeiro ano de vida.
É importante lembrar que a falta do conhecimento da
existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação
é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente,
em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento
que está disponível na rede pública de saúde.
A campanha Julho Amarelo desempenha um papel fundamental na luta contra as hepatites virais. Ao aumentar a conscientização, incentivar a testagem e promover a vacinação, essa iniciativa ajuda a reduzir a transmissão e as complicações dessas doenças, salvando vidas e melhorando a saúde pública.
Fontes:
• Ministério da Saúde — Hepatites Virais
• Biblioteca Virtual em Saúde MS
• Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos
Tags: Julho Amarelo, Hepatites Virais, saúde,
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