Martin Luther King, Jr — Um Exemplo de Vida!

“Morreu hoje, o Rev. Martin Luther King, Jr, Prêmio Nobel da Paz em 1964 — principal expoente e líder da não-violência nos Estados Unidos — depois de ter sido atingido por um disparo, enquanto estava na sacada de um hotel da cidade de Menphis. Dois homens não identificados foram detidos. Segundo o Rev. Anw Young, vice-presidente da Conferência Meridional de Orientação Cristã, presidida por Martin Luther King, afirmou que a bala o atingira no pescoço e na parte inferior do rosto."

Com esta notícia o mundo tomou conhecimento, em 4 de abril de 1968, às 6 h da tarde, da morte do Pastor Martin Luther King, Jr, levando assim para o túmulo seu "sonho americano" de uma sociedade justa e livre de preconceitos.

Martin Luther King, Jr — Atlanta , 15 de janeiro de 1929, Memphis — sempre foi uma personalidade controvertida dentro dos Estados Unidos. Pastor protestante, ativista político estado-unidense e membro da Igreja Batista, pretendia acabar com a discriminação racial.

Seguidor das idéias de desobediência civil não-violenta divulgadas por Mohandas Gandhi — líder político indiano também conhecido como Mahatma Gandhi — aplicava essas idéias nos protestos organizados pelo CLCS (Conferência de Cidadãos Líderes do Sul).

Dr. King acertadamente previu que manifestações organizadas e não-violentas contra o sistema de segregação predominante no sul dos EUA, atacadas de modo violento por autoridades racistas e com ampla cobertura da mídia, iriam criar uma opinião pública favorável ao cumprimento dos direitos civis e, essa foi a ação fundamental que fez do debate acerca dos direitos civis o principal assunto político nos EUA a partir do começo da década de 1960.

Organizou e liderou campanhas de não-violência e de amor para com o próximo, a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei estado-unidense com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964), e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).

Em 14 de outubro de 1964 King se tornou a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz , que lhe foi outorgado em reconhecimento à sua liderança na resistência não-violenta e pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos. O prêmio em torno de cinqüenta mil dólares foi destinado aos movimentos em prol dos direitos civis.

.“Eu tenho a audácia de acreditar que toda a gente pode ter três refeições por dia para seus corpos, educação e cultura para suas mentes, e da igualdade, dignidade e liberdade para os seus espíritos ". — Dr. Martin Luther King, Jr., discurso : Premio Nobel da Paz, 1964.

A partir de 1965 o líder negro passou a duvidar das intenções estado-unidenses na Guerra do Vietnã. Em fevereiro e em abril de 1967, King fez sérias críticas ao papel que os EUA desempanhavam na guerra.

Em 1968 King e o SCLC organizaram uma campanha por justiça sócio-econômica, contra a pobreza (a Campanha dos Pobres ), que tinha por objetivo principal garantir ajuda para as comunidades mais pobres do país.

Em 1986 foi estabelecido um feriado nacional nos EUA para homenagear Martin Luther King, jr, o chamado Dia de Martin Luther King,Jr, sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário de King. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os estados do país.

Combatido por uns, defendido por outros, o certo é que Martin Luther King, Jr deu aos seus compatriotas, da mesma cor, uma poderosa arma para a luta contra a segregação. Edgar Hoover, então diretor do FBI, qualificou-o certa vez como o maior mentiroso dos Estados Unidos.

O ex-presidente Truman afirmou ser ele um instigador de motins. Tudo isso não impediu que o mundo inteiro o considerasse um dos maiores líderes na luta pela justiça social em todo o mundo.

Nos Estados Unidos sua ação foi reconhecida pelo presidente John F. Kennedy que, antes de ter um destino semelhante ao seu, deu extraordinário impulso à legislação destinada a por fim à maior chaga interna dos Estados Unidos, como já qualificada a discriminação racial que vigorava, especialmente, nos Estados do Sul.

Suas campanhas fizeram com que fosse constantemente ameaçado de morte através de cartas ou telefonemas, ao qual King reagia com certa resignação a respeito, pronunciando em 1962 frases que seriam proféticas se consideradas à luz de seu trágico desaparecimento:

"Podem crucificar-me. Posso mesmo morrer. Mas, mesmo que isto me aconteça, quero que digam: ele morreu para libertar os homens".


Nem sempre suas campanhas foram coroadas de êxito e as controvérsias existentes sobre ele nos círculos brancos — e mesmo entre os negros, que por vezes se deixavam dominar por lideranças radicais ou derrotistas —não tornavam fácil sua campanha. Entretanto, ele nunca desanimou. Em certa ocasião declarou:

"Nunca estarei satisfeito até que a segregação racial desapareça da América.

Eu sonhei que algum dia a nação deverá levantar-se e afirmar: mantemos a verdade de que todos os homens nasceram iguais.

Sonhei que algum dia sobre as colinas da Geórgia os filhos de escravos e os filhos de velhos senhores estarão prontos para sentarem-se à mesa da fraternidade.

Eu sonhei que o Estado do Mississippi, hoje dominado pela injustiça e pela opressão, tornar-se-á algum dia um oásis de liberdade e justiça.

Eu sonhei que meus bisnetos viverão em uma nação em que não serão julgados pela cor da pele mas por seu caráter".


Martin Luther King, Jr. não era um sonhador, apesar de alimentar um sonho! Sua visão de uma sociedade de justiça era conseqüência de uma tumultuosa realidade. Sob sua liderança milhões de negros americanos saíram do aprisionamento espiritual, do temor, da apatia, e foram para as ruas reivindicar sua liberdade.
 
O ressoar de milhões de pés em marcha antecedeu o sonho. Sem estes feitos, inspirados pela sua admirável coragem pessoal, as palavras teriam simplesmente criado uma fantasia. Martin Luther King,Jr, o guerreiro pacífico, revelou ao povo o seu poder latente, o protesto não-violento de massas, firmemente disciplinado, capacitou-o a avançar contra seus opressores num combate eficiente e sem derramamento de sangue.

Dr. King, sem dúvida, foi um dos líderes negros mais destacados da História. No entanto, foi igualmente um líder para milhões de brancos que com ele aprenderam que, apoiando a libertação do negro, eles também evoluiriam.

Ele não queria ser idolatrado, mas sim ouvido! Em sua cripta, no South View Cemetery, estão gravadas as palavras que ele pronunciou na Marcha sobre Washington:
..

FREE AT LAST, FREE AT LAST;
THANK GOD ALMIGHTY
I’M FREE AT LAST!




Em seu último sermão para o mundo, na igreja de Ebenezer, Atlanta, na qual era pastor, Martin Luther King, Jr. uniu este sonho à sua própria morte:

"Frequentemente eu penso naquilo que é denominador comum e derradeiro da vida: nessa alguma coisa que costumamos chamar de "morte".
 
Frequentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não em sentido angustiante.

Frequentemente pergunto a mim mesmo o que gostaria que fosse dito então, eu deixo aqui com vocês, esta manhã, a resposta...

Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar meu dia, lembrem-se de que não quero um longo funeral.

E se conseguirem alguém para fazer o "discurso fúnebre", digam-lhe para não falar muito.

Digam-lhe para não mencionar que eu tenho um Prêmio Nobel da Paz: isto não é importante!

Digam-lhe para não mencionar que eu tenho trezentos ou quatrocentos prêmios: isto não é importante!


Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que Martin Luther King tentou dar a vida a serviço dos outros.
 
Eu gostaria que alguém mencionasse o dia em que Martin Luther King tentou amar alguém.
 
Quero que digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo.
 
Quero que vocês possam mencionar o dia em que... tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a humanidade.
 
Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito.
 
Todas as outras coisas triviais não têm importância.

Não quero deixar atrás nenhum dinheiro.
 
Eu só quero deixar atrás uma vida de dedicação!
 
E isto é tudo o que eu tenho a dizer:
 
Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante
 
Se eu puder animar alguém com uma canção

Se eu puder mostrar a alguém o caminho certo
Se eu puder cumprir meu dever cristão

Se eu puder levar a salvação para alguém

Se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou...então, minha vida não terá sido em vão."

Feriado nacional, o Dia de Martin Luther King, Jr é destinado, na teoria, à prestação de serviços à comunidade, como uma lembrança do legado do líder defensor dos direitos humanos.

Martim Luther King – Um Exemplo de vida!
Fonte:
Pesquisa livre na internet


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